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Sida: portugueses negam a doença

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36 mil é o número oficial de infectados com o HIV, em Portugal

A presidente da Liga Portuguesa contra a Sida alerta que há uma negação da doença na sociedade portuguesa, onde o número de mulheres e idosos infectados está a aumentar, e destaca a importância de lutar por uma mudança de mentalidades.

«Acho que há uma negação da doença quando não se fala nela. E é preciso continuar a falar porque continua a estar entre todos nós, de uma forma bastante preocupante», explicou Maria Eugénia Saraiva, em declarações à Lusa a propósito da inauguração, esta sexta-feira, da exposição «20 contra a Sida», que assinala o trabalho das últimas duas décadas da Liga.

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Um trabalho árduo, referiu Maria Eugénia Saraiva, uma vez que, com base nos dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, estão notificados 36 mil casos de infecção com o HIV, mas «estima-se que seja o dobro» o número de seropositivos, uma vez que os «doente só sabem se estão infectados quando vão fazer o teste».

Mulheres e idosos: as novas vítimas de uma «doença democrática

Se há 20 anos, quando a Liga apareceu, a Sida estava directamente ligada aos homossexuais e aos toxicodependentes, hoje é cada vez mais «democrática», porque «afecta tudo e todos», embora esteja a aumentar entre as mulheres e os mais idosos.

Em relação à população mais velha, Maria Eugénia Saraiva diz que há duas razões que podem explicar essa evolução: o aperfeiçoamento dos medicamentos antirretrovirais e a «mentalidade» desta faixa etária.

«As pessoas dizem que isto só acontece aos mais novos, que o uso do preservativo é para os mais novos e aí as pessoas descuidam-se e sujeitam-se a comportamentos de risco», explicou.

Já no que diz respeito às mulheres, Maria Eugénia Saraiva refere a prostituição e a violência doméstica como as principais causas para o aumento de infectados dentro deste grupo.

Para inverter esta tendência, a Presidente da Liga Portuguesa contra a Siga defende a realização de campanhas de sensibilização junto dos grupos de risco (mulheres, jovens e idosos) como forma de prevenção da doença.

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