Já fez LIKE no TVI Notícias?

Mulheres queixam-se mais e são intolerantes à dor

Estudo: homens recebem melhores tratamentos de saúde

As mulheres sentem e queixam-se mais vezes da dor e o número de nascimentos e mortes ao longo do ciclo de vida é maior no sexo masculino, que recebe melhor tratamento de Saúde, conclui um relatório português. Estas conclusões integram um documento provisório, que resulta de um conjunto de estudos elaborados no âmbito do projecto «Saúde, Sexo e Género - PROSASGE», a decorrer na Direcção-Geral da Saúde (DGS), desde Maio de 2006.

Datado deste mês, o documento intitulado de «Saúde, Sexo, Género; Factos, representações e desafios», a que a Lusa teve acesso, lembra que o actual desafio em relação ao género é desenvolver estratégias para o colocar nos programas de política de saúde e assim uma melhor adaptação dos cuidados prestados a homens e mulheres.

PUB

Citando um estudo de 2005, o documento da DGS refere que as mulheres são mais sensíveis e menos tolerantes à dor, queixando-se mais frequentemente, com maior duração e maior severidade.

Em termos de tratamento, «parece haver também evidência científica que as mulheres serão mais inadequadamente tratadas do que os homens» e que os efeitos de alguns analgésicos, segundo alguns autores, variam com o sexo e os efeitos adversos parecem ser mais frequentes nas mulheres.

Sobre mortalidade e morbilidade (relação entre os casos de doença e número de habitantes), sublinha-se que as diferenças são encontradas por influência biológica, genética, hormonal e metabólica, como em situações de cancro do colo do útero e cancro da próstata.

São concebidos mais embriões do sexo masculino, numa proporção calculada de 120/100, mas face à maior vulnerabilidade destes fetos a morte dentro do útero é mais frequente. Regista-se, porém, mais nascimentos de rapazes numa proporção de 105/100.

PUB

Ao longo do ciclo de vida, os homens lideram as taxas de mortalidade nas várias regiões do mundo e em todos os grupos etários. Em Portugal, segundo dados de 2004, esta tendência apenas apresentou uma excepção nas idades mais avançadas, sendo no total que a diferença de mortalidade masculina é 4,5 por cento superior à feminina. A maior diferença é encontrada entre os 15 e os 54 anos.

Dados da Organização Mundial da Saúde referem que, em média, morreram 1,42 vezes mais homens que mulheres, encontrando-se os limites desses valores em África (1,09 vezes mais) e na Europa (2,33).

Entre as principais causas de morte na Europa, segundo a OMS, estão as doenças cardiovasculares, matando 55 por cento de mulheres e 43 por cento de homens e os tumores, que vitimam cerca de 17 por cento e 21 por cento, respectivamente.

PUB

Últimas