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Carlos Castro: Renato Seabra começa a ser julgado em junho

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Devido à falta de disponibilidade da procuradora encarregada da acusação

O julgamento do jovem português Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro em Nova Iorque, deverá arrancar apenas em junho, devido à falta de disponibilidade da procuradora encarregada da acusação.

Em nova audiência do caso no Tribunal de Nova Iorque, a procuradora Maxine Rosenthal afirmou ao juiz Charles Solomon que tem em mãos dois casos de homicídio mais antigos do que o de Carlos Castro, que data de janeiro do ano passado, e que por isso não pode começar já o julgamento.

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«Este caso tem de ser julgado, não quero aqui um problema», avisou Solomon, depois de ouvir os argumentos da procuradora.

A data de julgamento deverá ser definitivamente marcada na próxima audiência, que terá lugar a 04 de abril.

Na anterior audiência do caso, o juiz Solomon tinha apontado abril ou maio como horizonte para arranque do julgamento.

Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque.

O caso remonta a 07 de janeiro de 2011, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhara com Renato Seabra em Manhattan.

O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.

Até à próxima audiência, a procuradora ainda deverá facultar à defesa alguns elementos que o advogado David Touger quer ter em mãos antes do início do julgamento.

Estes elementos são «importantes» para a defesa, disse Touger após a audiência, sem entrar em detalhes, por «não querer que toda a gente do público saiba» do que se trata.

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O advogado de defesa recebeu da procuradora um disco externo com horas de imagens de Seabra e Castro, em vários pontos do hotel onde ficaram - lobby, elevador, receção e até no restaurante.

Também nas mãos da defesa estão já os testes de ADN do quarto de hotel, que vão servir para determinar a quem pertencem amostras de sangue recolhidas no local do crime.

A demora na entrega destes elementos e no arranque do julgamento tem motivado acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o juiz a declarar-se "frustrado" com o andamento lento do processo.

A defesa sustenta que o jovem deve ser considerado «não culpado por razões de doença ou distúrbio mental» e mostra-se confiante que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar, escudando-se em relatórios psiquiátricos.

«A nossa defesa vai ser que não sabia o que fazia. Que não tinha capacidade mental para saber que o que estava a fazer era errado», afirma Touger, que aposta numa absolvição e numa posterior audiência sobre se Seabra está em condições de ser libertado.

Mas uma avaliação psiquiátrica de Renato Seabra entregue pela procuradoria na sessão anterior rejeita que problemas mentais do jovem português estejam na origem do homicídio de Carlos Castro.

Contrariando a tese da defesa do jovem acusado de homicídio em segundo grau, o relatório, de 22 páginas, determina que Seabra «tinha a capacidade mental para perceber a natureza e consequências dos seus atos e de saber que os seus atos eram errados».

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