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Médicos: «pai» do SNS preocupado com greve às horas extra

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É uma «medida drástica», mas António Arnaut acredita que os médicos devem ter «fortíssimas razões» para a tomarem

O fundador do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, afirmou, esta sexta-feira, que a decisão dos médicos deixarem de fazer horas extraordinárias é uma «medida drástica» que pode ter «graves implicações», mas sublinhou que devem ter «fortíssimas razões» para a tomarem.

O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Carlos Arroz, revelou est sexta-feira à agência Lusa que, a partir de 2 de Janeiro, os médicos não farão uma única hora extraordinária, nem sequer as 12 a que actualmente são obrigados.

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Em causa está o Orçamento do Estado para 2012, que estabelece novas formas de pagamento das horas extraordinárias, não contemplando qualquer excepção para os médicos.

Ressalvando desconhecer os fundamentos que levaram à tomada de posição dos sindicatos médicos, António Arnaut disse à Lusa que «é uma resolução drástica que pode ter graves implicações» no funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)

«Fico preocupado porque isto pode afectar a qualidade e a universalidade do SNS, mas compreendo que se os médicos tomaram essa atitude radical extrema (greve às horas extraordinárias) é porque tiveram fortíssimas razões para o fazer, uma vez que sempre defenderam o Serviço Nacional de Saúde», comentou.

Para António Arnaut, na base desta decisão terão estado «razões drásticas e imposições injustas por parte do Governo». «Se realmente os médicos vão deixar de fazer as horas extraordinárias, que são absolutamente necessárias para manter certos serviços em atividade e sem interrupção, como é o caso das urgências, vai afetar a qualidade dos serviços», sustentou o «pai» do SNS.

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