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Gripe A: «Portugueses vão ao hospital sem necessidade»

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«Isso é problemático para os hospitais», disse presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares

O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Pedro Lopes, alertou esta terça-feira que há portugueses com sintomas gripais a recorrerem às urgências dos hospitais sem necessidade, sobrecarregando estes serviços.

«Ultimamente parece que está a haver uma tentativa de as pessoas se dirigirem de uma forma mais directa aos hospitais. Não a totalidade da população, mas em número mais significativo e isso é problemático para os hospitais», disse à agência Lusa Pedro Lopes.

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Pedro Lopes apelou aos portugueses para recorrerem em primeira linha à Linha Saúde 24 (808 24 24 24): «Eu penso que a triagem nos cuidados primários era fundamental», defendeu.

Para o responsável, os hospitais só deviam estar a responder aos casos mais graves de gripe A (H1N1), mas não é isso que está a acontecer. «As pessoas estão a solicitar de forma mais significativa a urgência dos hospitais para situações que não são justificáveis», o que está a causar «algumas dificuldades aos hospitais», reiterou. Para responder a essas dificuldades, alguns hospitais estão a tentar recrutar profissionais, «mas nem sempre é fácil», acrescentou.

Duas horas de espera para casos urgentes

Alguns doentes esperaram segunda-feira mais de seis horas nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, que regista esta terça-feira uma média de espera de duas horas para casos urgentes. Situação semelhante vive-se no Santa Maria, mas também há espera nos privados.

Hoje, o Hospital Amadora-Sintra já conta com 330 doentes e uma média de espera de duas horas para casos «amarelos». No Hospital de Santa Maria, os casos amarelos esperam cerca de uma hora e 47 minutos, estando prevista uma espera de duas horas e um quarto para os verdes.

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Actualmente, o Hospital da Luz obriga a esperas de uma hora e meia, enquanto o dos Lusíada contabiliza um tempo de espera de hora e meia.

Ainda não há reforço de camas para internamentos

Hospitais contactados pela Lusa asseguram estar a conseguir responder à procura dos doentes com sintomas gripais e ainda não sentiram necessidade de reforçar o número de camas no internamento, como prevêem os planos de contingência da Gripe A.

Apesar da situação vivida no fim-de-semana nas urgências do Centro Hospitalar do Alto Ave em Guimarães, vários hospitais contactados pela agência Lusa afirmaram que a situação está estabilizada.

«Contrastando com outros hospitais, não tivemos um afluxo acrescido e não tenho indicação de que estejamos em disparo de procura devido a infecções respiratórias ou quadros gripais, atribuíveis na sua maioria provavelmente a gripe A» adiantou o director clínico do Hospital Santa Maria.

Em termos de internamentos, «a situação também está estabilizada, não estamos em esforço», disse, acrescentando que ainda não foi necessário recorrer a mais médicos para as urgências.

No Hospital Amadora-Sintra estão internados três adultos e quatro crianças com gripe A, houve um pico na urgências no dia 16 de Novembro. A nível da pediatria, chegou a haver 350 crianças por dia nas urgências, disse fonte hospitalar.

Nos Hospitais Universitários de Coimbra estão internados no Serviço de Infecciosas 15 doentes, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 50 por cento das camas reservadas para a gripe A, um número que tem vindo a subir lentamente.

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