O enfermeiro que se queixou ao Presidente da República do Hospital de São João espera há quase um mês a notificação do anunciado arquivamento do processo disciplinar que visava o seu despedimento, disse esta quarta-feira o seu advogado, citado pela agência Lusa.
Fernando Quintino Barbosa, representante legal do enfermeiro Nuno Costa, afirmou que considera insuficiente o anúncio público do arquivamento do processo disciplinar, feito pela administração do hospital. «Quase um mês volvido sobre a data desse anúncio, nem eu nem o meu cliente fomos notificados do arquivamento. Ora, uma coisa é o anúncio público, outra é a comunicação formal às partes», afirmou.
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O advogado adianta que na semana passada requereu formalmente ao instrutor do processo a notificação do despacho de arquivamento. Este requerimento está sem resposta, garantiu.
Nuno Costa revelou, entretanto, que o Ministério Público já o notificou do arquivamento de duas queixas-crime que lhe tinham sido movidas pelo mesmo motivo, uma da administração do hospital e outra da directora do serviço de Otorrinolaringologia.
O caso do Nuno Costa foi levantado em Abril pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, numa pergunta feita à ministra da Saúde, Ana Jorge, na comissão parlamentar da especialidade, e publicitada posteriormente pelos jornais.
A administração hospitalar confirmou depois que quis sancionar Nuno Costa porque, na carta que escreveu ao Presidente da República, ao queixar-se de discriminação, fez afirmações «falsas, ofensivas e difamatórias para a instituição e para os profissionais que nela exercem funções».
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