Três alunos da escola primária de Vila de Punhe, Viana do Castelo, estão internados no Centro Hospitalar do Alto Minho com meningite vírica, disse hoje à agência Lusa fonte hospitalar.
No entanto, e segundo garantiu à Lusa o delegado de Saúde de Viana do Castelo, «não há motivos para alarme».
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«É estranho que o vírus tenha atacado três crianças da mesma escola e da mesma turma, mas os pais podem estar descansados. Tratando-se de uma meningite vírica, não há necessidade de qualquer profilaxia e a escola vai continuar a funcionar normalmente», acrescentou o responsável.
Luís Freixo sustentou ainda que «não é expectável» que se registem novos casos, embora admita que não é uma hipótese «completamente descartável».
«Vamos estar atentos, é só isso que se deve fazer neste momento», frisou.
Os alunos são todos do 4º ano, tendo um deles sido internado terça-feira, após apresentar alguns sintomas, nomeadamente vómitos, dores de cabeça e febre alta, além de «não conseguir segurar a cabeça».
Hoje, foram internados os outros dois, da mesma sala, com os mesmos sintomas.
Pais temem contágio
As aulas decorrem normalmente sem que tivesse sido tomada, segundo o responsável, qualquer medida sanitária especial, uma vez que para a meningite vírica «não há medidas de profilaxia».
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Uma decisão contestada por alguns pais, que temem que os seus filhos também sejam infectados.
«Se não é uma meningite contagiosa, então como é que se explica que tenha atingido três crianças da mesma sala?», disse, à Lusa, o pai de uma criança.
«Nestas coisas, é sempre melhor prevenir do que remediar. Penso que não se perdia nada se as actividades lectivas parassem um dia para se proceder a uma desinfecção geral da escola. Ficávamos todos mais tranquilos e evitavam-se novos problemas», acrescentou.
Segundo fonte médica, a meningite vírica tem um quadro mais benigno do que a bacteriana e normalmente não deixa sequelas.
«O internamento dos casos detectados é um procedimento habitual, porque até passar o período crítico a pessoa deve ter vigilância em meio controlado», acrescentou a fonte.
As medidas colocadas em prática na comunidade são o reforço das habituais práticas de higiene, uma vez que a transmissão se faz por via fecal-oral, mas normalmente não se procede ao fecho das instalações frequentadas pelas vítimas.
A meningite vírica é mais comum do que a bacteriana e, embora debilitante, é de menor duração e «muito raramente» é causa de morte.
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