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Governo incentiva a instalação de sistemas anti-carjacking

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Relatório preliminar apresentado pelo Ministério da Administração Interna define como prioridade a integração de novas tecnologias em cada automóvel

O carjacking é o crime da moda em Portugal e o Governo quer ajudar os cidadãos a combatê-lo. Para além das medidas apresentadas pelo CDS-PP, que, entre outras, sugere a criação de brigadas anti-carjacking, a intenção é aumentar a divulgação e incorporar tecnologias nos automóveis, para que seja mais fácil apanhar os ladrões.

Segundo o relatório preliminar do Grupo de Trabalho Carjacking, a que o PortugalDiário teve acesso, o caminho a seguir está muito bem definido e compreende medidas relativas à prevenção e a à reacção. É aqui que entra a vontade de fomentar as novas tecnologias em prol deste combate diário ao roubo violento de viaturas.

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Na área da intervenção, este Grupo de Trabalho, que compreende vários elementos dos organismos oficiais e privados ligados à segurança e indústria automóvel (inclusivamente as seguradoras), detectou-se a necessidade de melhorar a informação e comunicação, como a realização de um site que possa agregar conselhos úteis, para além de publicidade e mailings.

Mas, o aspecto fundamental é o desenvolvimento de tecnologias que possam ser integradas nos próprios automóveis, ajudando à sua detecção depois de terem sido roubados. A vontade do Primeiro-Ministro é avançar com este tipo de abordagem, abrindo-se mesmo a possibilidade de criar incentivos fiscais a empresas de seguros e de comercialização de automóveis.

Ideia já existe no mercado

O Grupo de Trabalho quer que o mercado reaja e pede às universidades para entrarem no processo, embora a tecnologia já exista em Portugal e até seja utilizada por várias figuras públicas.

A i-mob Ibéria disponibiliza, em parceria com a Vodafone, o Wireless Safe Car, que basicamente é um sistema instalado no automóvel, que permite ao condutor detectar o seu veículo através de uma simples chamada. «O que o Sr. Primeiro-ministro pretende vai ao encontro do que já temos. Neste momento, inclusivamente, já temos um acordo com a seguradora Zurich, que dá benefícios a quem tiver instalado este sistema e o caminho é desenvolver parcerias mais aprofundadas», contou ao PortugalDiário o director-executivo da empresa, Alexandre Martins.

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O Governo está interessado em implementar este sistema, na sua versão mais básica, que está preparado para detectar a viatura e até imobilizá-la, sem que o ladrão se aperceba do que está a acontecer. «Recentemente tivemos o caso de uma figura pública que recuperou o carro no dia seguinte, porque tinha este sistema instalado. É algo que consegue ser muito eficaz», frisou, informando que existe uma versão Premium, com características mais avançadas.

Nos dois casos, é instalado um equipamento que contém um modem de comunicações e um Sim Card Vodafone (que permite a comunicação de e para o veículo) e uma antena GPS (para captação de posições que permitem a localização). Basta fazer uma simples chamada para o nº 91xxx instalado na viatura, digitalizar a sua password e escolher a funcionalidade pretendida, por exemplo: para imobilizar a viatura, carregue na tecla nº 2 do seu telemóvel; para saber a localização da sua viatura, carregue na tecla nº 9 do seu telemóvel. A mensalidade é de oito euros, mas no futuro poderá ser menor.

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Reacção

Premissa essencial é convencer os condutores a não reagirem no momento em que são assaltados, uma vez que os ladrões normalmente transportam armas de fogo. O sistema fará o resto, com necessária intervenção das autoridades policiais. Neste ponto, o Grupo de Trabalho considera importante a integração de todos os sistemas de informação para uma mais eficaz detecção de veículos roubados.

Em particular, será essencial adquirir para as forças de segurança equipamentos de última geração que permitam a detecção automática de matrículas e veículos em circulação. Um sistema que já existe nos Estados Unidos e que pode facilmente ser integrado em Portugal.

As conclusões destas propostas terão de ser apresentadas pelo Grupo de Trabalho até 29 de Maio.

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