Já fez LIKE no TVI Notícias?

Morta em casa 9 anos: não deixaram o sobrinho arrombar a porta

Relacionados

Familiar garante que procurou a tia desde 2002, mas o Ministério Público não autorizou o arrombamento

Um dos familiares da idosa que terá falecido em 2002, cujo corpo apenas foi encontrado na terça-feira, assegurou ter solicitado várias vezes ao Ministério Público de Sintra para que autorizasse o arrombamento da porta da habitação.

«Em 2002 participei à PSP e ao tribunal de Sintra o desaparecimento da minha tia. Ao longo dos anos fui muitas vezes ao Ministério Público e disseram-me sempre que se ela estivesse morta notava-se o mau cheiro e por isso nunca deixaram arrombar a porta», disse à agência Lusa Armando Martinho Gaspar.

PUB

O sobrinho septuagenário, que nunca tentou forçar a entrada na habitação por meios próprios, sustenta que «ainda na semana passada» se deslocou ao tribunal para tentar «mais uma vez» apurar novos dados sobre o desaparecimento da familiar, mas teve a mesma resposta: «Não cheira mal, por isso...»

Uma fonte da PSP disse à agência Lusa desconhecer qualquer participação, mas, caso tenha sido feita, teria sido reencaminhada para a GNR, que na altura se encontrava instalada na freguesia de Rio de Mouro.

«Sabemos que houve uma participação feita na GNR de Rio de Mouro, através de uma vizinha. Sei também que de facto houve um familiar que procurou a GNR, mas como não tinha chave não se conseguiu entrar no apartamento», disse.

Segundo a fonte, em casos semelhantes de suspeita de falecimento de idosos, o procedimento habitual passa por contactar familiares ou, em caso de não haver família, solicitar autorização ao Ministério Público.

«Este caso é muito estranho. Não é normal ninguém ter detectado maus cheiros vindos da habitação», disse, adiantando que «tudo aponta para que tenha sido morte súbita».

PUB

Relacionados

Últimas