O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão, admitiu esta quarta-feira, em Fátima, um debate alargado na sociedade portuguesa sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo e não necessariamente um referendo. No entanto, Morujão considera que existem outras prioridades no País, como a justiça social ou o desemprego, noticia a Lusa.
«Eu acho que o pronunciar-se pode ser por um debate alargado, não necessariamente pelo referendo», disse em conferência de imprensa para fazer o ponto de situação dos trabalhos da 173.ª Assembleia Plenária da CEP.
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Para o sacerdote é preciso «dar tempo ao tempo» para se poder «reflectir». O porta-voz da CEP defendeu também que introduzir o estatuto de casamento para os homossexuais, com ou sem possibilidade de adoptarem crianças, é «uma ofensa ao verdadeiro casamento».
Líder parlamentar do PSD favorável à união civil gay
Manuel Morujão afirmou ainda que a posição do líder parlamentar do PSD, que esta semana disse ser a favor de uma união civil registada para os casais de homossexuais, como alternativa ao casamento, se aproxima mais do pensamento da Igreja Católica.
Quando confrontado com o facto de haver homossexuais católicos que defendem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Morujão defendeu que «um católico deve aderir à doutrina católica». No entanto, o responsável salientou que «ser homossexual não é pecado, como também não é virtude ser heterossexual».
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