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Faro: oito ilegais assistidos no hospital

Vinham de Marrocos para Espanha. Tinham sinais de desidratação e queimaduras

Oito das 23 pessoas de origem africana localizadas segunda-feira ao largo do Algarve foram assistidas no Hospital de Faro mas nenhuma delas corre risco de vida, disse hoje à Lusa fonte hospitalar.

De acordo com a mesma fonte, foram assistidos seis homens e duas mulheres do grupo de 23 pessoas, 18 homens e cinco mulheres, com idades entre os 25 e os 30 anos, localizados ao final da manhã de segunda-feira, próximo da ilha de Culatra, a bordo de um pequeno barco de madeira a motor.

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Das oito pessoas que foram assistidas no Hospital de Faro, cinco tiveram alta durante a noite e em relação às restantes três só ao longo do dia de hoje será decidida a alta hospitalar.

Todos apresentavam sinais de desidratação e queimaduras na pele provocadas possivelmente por produtos químicos transportados no barco.

Segundo as autoridades, o caso, o primeiro do género registado na costa portuguesa, é de «carácter excepcional» e nada leva a crer que o Algarve «seja uma zona de risco», nas palavras do director regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras José Van der Kellen.

Os imigrantes passaram a noite nas instalações do Srviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Faro e serão presentes hoje a tribunal.

Ao início da noite, um helicóptero sobrevoou a zona da ilha da Culatra para garantir que não haveria mais nenhum imigrante por localizar, uma vez que eles não estavam todos juntos.

As autoridades vão manter-se no terreno para vigilância, numa operação coordenada pela Polícia Marítima e SEF, que conta também com as câmaras de Faro e Olhão, Governo Civil de Faro, INEN e Protecção Civil.

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De acordo com fonte hospitalar, o estado de saúde das três pessoas que permanecem internadas e que estão a fazer tratamentos para combater a desidratação «não é preocupante» e a alta está prevista para quarta-feira.

Os 23 cidadãos de origem africana que foram detectados segunda-feira junto à Ilha da Culatra partiram de Kenetra, a 40 quilómetros de Rabat, Marrocos, e terão viajado durante cerca de quatro dias até alcançar o Algarve numa pequena embarcação a motor.

Segundo o tradutor, no início, a viagem estava a ser negociada com 30 pessoas, mas algumas tiveram que ser excluídas devido às pequenas dimensões da embarcação, sendo que cada imigrante pagou entre 300 a 1.000 euros para fazer a travessia.

Ao segundo dia de navegação, esgotaram-se os mantimentos e o dono da embarcação pediu apoio por telefone e duas lanchas tripuladas por seis pessoas foram ao encontro do barco para os abastecer de água, combustível e alimentos.

Segundo disse o tradutor que está a colaborar com o SEF neste processo, Mohamed Moctar, os imigrantes alegam que as lanchas que prestaram apoio à embarcação estavam carregadas com droga.

Quando o barco com os imigrantes se aproximou da costa algarvia, o dono fez novo telefonema e foi levado por uma lancha, deixando os imigrantes no mar.

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