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Fogo Ourém: um morto, duas casas e uma empresa queimadas

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Incêndio ativo desde as 12:20 de domingo tem um perímetro com 15 quilómetros e mais de 400 operacionais no local

O incêndio que lavra no concelho de Ourém desde as 12:20 de domingo, e tem um perímetro de 15 quilómetros, fez uma vítima mortal, além de queimar duas casas e uma empresa de plásticos, confirmou o presidente da Câmara, Paulo Fonseca. Há, ainda, sete desalojados.

Mais de 1500 bombeiros combatem fogos esta segunda-feira

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«Há, infelizmente, uma vítima mortal. Tinha sido dada como desaparecida ontem [domingo] à noite e o cadáver foi agora encontrado, na freguesia de Urqueira», contou o autarca, citado pela Lusa e pela TSF, referindo-se a um homem, de 65 anos, proprietário de um aviário.

Considerando que o incêndio é «uma catástrofe para o concelho», Paulo Fonseca adiantou que foram destruídas duas casas de habitação permanente e algumas devolutas, além de «uma empresa que opera na área dos plásticos e onde trabalhavam algumas dezenas de pessoas».

O presidente da câmara, que tem o pelouro da Proteção Civil, esteve durante a noite a acompanhar a evolução das chamas no concelho e admite estar «muito preocupado».

«Estamos sufocados de preocupação e pelo drama do esforço de quase 24 horas de trabalho. Estamos aqui perante uma catástrofe que resulta de um fogo completamente desconfigurado, que foi evoluindo com base em projeções incendiárias do próprio fogo, por causa do vento em todas as direções, e temos uma vasta área do concelho queimada», explicou.

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«Eu diria que talvez mil casas, e acho que não estou a exagerar, foram lambidas pelo fogo, o que é bem revelador do problema que temos entre mãos e que nos assolou aqui no concelho», acrescentou.

Admitindo que os bombeiros estão «exaustos», Paulo Fonseca lembrou que o dia de hoje «começou com temperaturas previsíveis muito elevadas e com humidade relativa muito baixa, o que dificulta o combate e alimenta a voracidade [do fogo]».

Entretanto, vários reforços estão a chegar ao local para ajudar os bombeiros a combater o fogo, estando já presente o Exército, com máquinas de terraplanagem, e estando a chegar mais meios aéreos, informou o presidente da câmara.

«A própria câmara contratou máquinas [de terraplanagem], que andaram toda a noite a operar, apesar de não o poder fazer agora com a Lei dos Compromissos», lamentou.

Combatem este fogo mais de 450 operacionais e 120 veículos, de acordo com a Proteção Civil, nesta segunda-feira.

A circulação ferroviária entre Vermoil, no concelho de Pombal, e Fátima, no concelho de Ourém, esteve interrompida desde as 19:27, mas foi restabelecida às 05:50 da madrugada.

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O Instituto de Meteorologia (IM) prevê a manutenção das condições de tempo quente e seco e algum vento para o início desta semana, uma situação «favorável à propagação de incêndios».

«A situação meteorológica não vai ter grandes alterações hoje e amanhã. As temperaturas continuam altas, o vento vai continuar a soprar fraco ou moderado do quadrante Leste, com rajadas nas terras altas. É uma situação semelhante à que se viveu ontem [domingo] e é o que se prevê para o início desta semana», disse à Lusa a meteorologista do IM Paula Leitão.

O IM tem hoje um alerta amarelo para os distritos de Leiria, Lisboa e Setúbal e para o arquipélago da Madeira, devido ao calor.

Leiria espera uma temperatura máxima de 34 graus, a mesma que Lisboa, e Setúbal espera 35 graus.

Santarém, distrito ao qual pertence a região de Ourém, espera uma temperatura máxima de 34 graus e vento fraco.

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