O segundo comandante nacional da Proteção Civil, José Codeço, recusou que tenha havido falta de coordenação no combate ao incêndio que desde quarta-feira lavra na serra algarvia, sublinhando que houve «situações que impossibilitaram» o seu domínio.
«Nunca houve, do meu ponto de vista, falta de coordenação, houve situações que impossibilitaram o domínio do incêndio», referiu à agência Lusa o responsável observando que nos Estados Unidos há fogos que duram semanas.
PUB
Os autarcas dos concelhos envolvidos, São Brás de Alportel e Tavira, apontaram algumas falhas na coordenação das operações que levaram a que o incêndio se propagasse muito rapidamente.
Segundo José Codeço, o incêndio progrediu por causa das condições climatéricas e da orografia da região do Algarve, que é «complicada».
O incêndio florestal, que deflagrou em Tavira e se estendeu a São Brás de Alportel foi declarado como dominado neste sábado e a probabilidade de a área afetada pelas chamas se alargar «é muito reduzida», segundo o responsável.
Apesar de o incêndio ter sido dado como dominado, existem ainda focos que merecem especial atenção, a norte do concelho de São Brás de Alportel e na zona junto a Cachopo, em Tavira.
Associação da Guarda pede ao ministro para manter GIPS
A Associação Nacional da Guarda (ANAG) congratulou-se entretanto com o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR no combate aos incêndios e pediu ao ministro da Administração Interna para reavaliar a eventual extinção daquela unidade.
«A ANAG vai sugerir ao Ministério da Administração Interna que reavalie a extinção dos GIPS/GNR no âmbito de uma reestruturação das valências da GNR», indicou a associação num comunicado citado pela Lusa.
Em janeiro, o ministro Miguel Macedo considerou que «não é positivo para o país ter um sistema dual», ou seja, ter os GIPS da GNR, cuja função principal é o ataque inicial a incêndios florestais, e a Força Especial de Bombeiros, conhecidos como os «Canarinhos».
PUB