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Ex-mulher de Rui Verde acusa Lima de Carvalho de agiotagem

A juíza Isabel Pinto de Magalhães garante que não conhecia os negócios entre os dois arguidos do caso Independente, nos quais se viu envolvida

A ex-mulher do arguido do caso Universidade Independente Rui Verde disse, esta terça-feira, que Amadeu Lima de Carvalho, outro arguido, tinha forjado uma procuração sua e acusa-o de «esquema de agiotagem», garantindo que não conhecia os negócios entre ambos.

A juíza Isabel Pinto de Magalhães, que está a ser julgada na Relação de Lisboa por um crime de branqueamento de capitais e dois de falsificação de documentos, continuou esta terça-feira a ser ouvida, como assistente, no julgamento do caso principal da UNI, que tem como arguidos Rui Verde, Amadeu Lima de Carvalho (acionista da SIDES-empresa detentora da UNI), o reitor Luís Arouca e o advogado Diogo Horta Osório, entre outros.

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Sentada no banco dos réus no Tribunal de Monsanto, Lisboa, está ainda a irmã da juíza, a arguida Maria Manuela Ferraz, que responde por um crime de branqueamento de capitais.

Isabel Pinto Magalhães disse que apenas em 2005 teve conhecimento dos negócios entre Amadeu Lima de Carvalho, que se auto proclama maior acionista da SIDES e o seu ex-marido o ex-vice-reitor da UNI, Rui Verde. «Não tinha conhecimento dos negócios nem tinha participado neles», garantiu a juíza, que falou na existência de duas declarações de dívida de Rui Verde para com Amadeu Lima de Carvalho de dois milhões de euros em que o seu ex-marido assinou por si sem o seu consentimento.

E questionou o marido a que propósito foi envolvida no assunto se nunca recebeu um tostão de Amadeu Lima de Carvalho, considerando que as ditas declarações de dívida eram um «disparate jurídico».

O depoimento da magistrada foi focado em imputar culpas ao arguido Amadeu Lima de Carvalho, a quem acusou de pressionar e ameaçar a ela e ao marido e ao próprio Rui Verde que nunca lhe deu conhecimento de nada.

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Depois de se inteirar sobre os «negócios» do marido e da sua «participação», a qual desconhecia, Isabel Magalhães explicou que pediu apoio jurídico a Diogo Horta Osório para arranjarem forma de pagar a vários credores que também estavam envolvidos e cujos créditos eram devidos.

Uma das formas encontradas foi a criação da empresa Imopasse que ficou com parte dos bens móveis porque, explicou, tinham sido passados cheques e os bens poderiam ser arrestados e podiam ser «alvo dos ataques de quem não era credor, nomeadamente Amadeu Lima de Carvalho».

«Fiquei arrepiada quando soube esta história toda, isto é um esquema de agiotagem no qual fui envolvida sem saber», disse.

Rui verde ouviu o depoimento da ex-mulher com um ar cabisbaixo e muitas vezes escondeu a cara entre as mãos.

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