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Hospitais: menos camas no público, mais no privado

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Instituto Nacional de Estatística revela balanço entre 2002 e 2013, a propósito do Dia Mundial da Saúde. Atendimentos de urgência nos hospitais privados duplicam, mas ainda estão a grande distância do peso dos episódios registados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde

O número de camas de internamento diminuiu nos hospitais públicos e aumentou nos privados, entre 2002 e 2013. É o que revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala terça-feira.

Em 2002, existiam 28.733 camas de internamento nos hospitais públicos, número que baixou para 25.029 em 2013. Uma diferença de 3.704 camas.  Pelo contrário, as camas nos hospitais privados cresceram de 8.429 para 10.474, no mesmo período. Ou seja, mais 2.045.

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Ao todo, as camas de internamento passaram de 37.162 em 2002 para 35.503 em 2013: menos 1.659 camas.

O INE detalha, ainda, que em 2013 quase 90% das camas de internamento dos hospitais oficiais eram enfermarias, enquanto no caso dos hospitais privados, a percentagem de camas de internamento em enfermarias, apesar de maioritária, não atingia 60%.

Nos hospitais privados, os quartos semiprivados e privados representavam cerca de um terço das camas de internamento (3.512), 254 nos hospitais oficiais.

Urgências duplicam nos hospitais privados

O INE dá também conta que, em 2013, foram realizados cerca de 7,2 milhões de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais. A grande maioria (88%) em hospitais públicos.

Mas salienta, igualmente, que no período do balanço agora divulgado, as urgências quase duplicaram nos privados ( de 460 mil para 900 mil). Ou seja, 12,4% do total. A distância ainda é grande para o peso dos episódios de urgência tratados no público, mas há uma tendência crescente.

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A maioria dos atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais foram motivados por doença (81,9%), enquanto os acidentes estiveram na origem de 11,3% dos atendimentos e 6,8% deveram-se a outras causas (nomeadamente lesões por agressão e lesões autoprovocadas).

Outros números: em 2013 «registaram-se cerca de 1,2 milhões de internamentos nos hospitais portugueses (80,4% dos quais em hospitais tutelados pelo Estado) e perto de 10,2 milhões de dias de internamento (73,2% dos quais em hospitais oficiais)”.

«Nos hospitais oficiais, cerca de 95% dos internamentos de 2013 foram em enfermarias (com especial relevo nas especialidades de medicina interna, cirurgia geral e ginecologia-obstetrícia) e registou-se uma duração média de internamento de oito dias», acrescenta.

O período de internamento mais longo ocorreu em psiquiatria, com uma média de 25,3 dias por internamento.

Nos hospitais privados, a maior parte dos internamentos foi feita em quartos semiprivados ou privados (61%). Em média, os doentes ficaram internados 12 dias.

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O INE refere ainda que, em 2012, existiam em Portugal 387 centros de saúde, dos quais 94 com Serviço de Urgência Básica (SUB) ou Serviço de Atendimento Permanente ou Prolongado (SAP) e 17 com internamento.

«O número de centros de saúde manteve-se relativamente estável entre 2002 e 2012, todavia com um decréscimo acentuado no número de centros de saúde com SUB ou SAP e com internamento. Em 2002, cerca de 70% dos centros de saúde dispunha de SUB ou SAP e perto de 20% tinha internamento, enquanto em 2012 as percentagens de centros de saúde com estas valências foram respetivamente de 24% e menos de 5%», remata.

 

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