O mês de fevereiro foi o mais seco dos últimos 81 anos em Portugal Continental, caracterizando-se como «excecionalmente frio» e pela «quase ausência de precipitação», indicou esta segunda-feira o Instituto de Meteorologia (IM).
O balanço climatológico do mês de fevereiro permite caracterizá-lo como «excecionalmente frio e seco» no território continental, refere uma nota do IM.
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Segundo aquele organismo, fevereiro registou um valor de precipitação cerca de 50 vezes inferior ao valor normal, o que permite classificar o último mês como «extremamente seco», colocando-o como o mais seco desde que se iniciaram os registos continuados de observação, em 1931.
Esta situação ficou a dever-se à «influência de cristas anticiclónicas sobre o território do continente, que foram atuando como bloqueio à influência e atravessamento das superfícies frontais que habitualmente afetam o território continental nos meses de inverno», justifica o IM.
O Instituto de Meteorologia adianta que em consequência da quase ausência de precipitação em fevereiro, a situação de seca meteorológica intensificou-se em todo o país, encontrando-se no final do mês a totalidade do território continental em situação de seca severa (68 por cento) e extrema (32%), os dois níveis de maior severidade deste fenómeno climático.
A temperatura do ar registou igualmente valores «extraordinariamente baixos», nomeadamente na temperatura mínima, o que posiciona fevereiro como o segundo com temperatura mínima do ar mais baixa dos últimos 81 anos.
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O IM destaca ainda a ocorrência de vários dias com temperatura mínima inferior a zero graus em muitas localidades e o registo de novos valores mínimos absolutos.
De acordo com aquele organismo, as baixas temperaturas persistiram no mês de fevereiro durante longos períodos, tendo-se registado situações prolongadas de ondas de frio em várias estações da rede do IM, tendo em alguns casos atingido mais de 18 dias consecutivos.
O IM diz ainda que os valores médios da temperatura média e máxima do ar também foram inferiores aos respetivos valores normais.
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