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Sindicatos querem que Ministério Público investigue suicídios na polícia

Peixoto Rodrigues, presidente adjunto da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia, disse que “há muitos polícias que estão ao serviço com problemas complicados” do foro psicológico e psiquiátrico e criticou a falta de acompanhamento médico especializado. Acusou ainda o Estado de contribuir para a instabilidade

O presidente adjunto da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia, Peixoto Rodrigues, disse esta terça-feira que vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar os casos de suicídio registados este ano na PSP.

Em declarações à Lusa, a propósito da alegada tentativa de suicídio de um comissário da PSP de Braga, esta terça-feira registada, Peixoto Rodrigues acusou ainda o Estado de contribuir para a instabilidade psicológica dos profissionais de polícia e instou-o a criar “melhores condições de trabalho e de carreira”.

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Vamos pedir à PGR que investigue os suicídios e tentativas de suicídio que este ano aconteceram na polícia. Isto não pode ficar só pela rama. É preciso que o Ministério Público investigue em concreto para perceber o que está em causa e para, se for caso disso, apurar responsabilidades”, referiu.

Um comissário da PSP de Braga foi esta terça-feira encontrado naquela esquadra em estado grave, depois de alegadamente ter dado um tiro na cabeça com a arma de serviço.

Foi transportado para o hospital, sendo o prognóstico, segundo Peixoto Rodrigues, “muito complicado”.

Este ano, e além do caso de hoje, já se suicidaram três polícias. É preciso perceber o que se está a passar e é isso que vamos pedir à PGR”, frisou o dirigente sindical.

Peixoto Rodrigues disse que “há muitos polícias que estão ao serviço com problemas complicados” do foro psicológico e psiquiátrico e criticou a falta de acompanhamento médico especializado.

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Os gabinetes de psicologia não funcionam”, indicou, defendendo que o Estado“tem obrigação de criar melhores condições” aos profissionais da segurança pública e de “respeitar” os contratos que com eles celebrou, nomeadamente no que respeita à aposentação.

O Estado só tem dificultado a vida aos polícias. Os sucessivos governos têm alterado sistematicamente as regras do jogo, sempre penalizando mais e mais as suas condições laborais. Este comissário que hoje tentou pôr termo à vida já devia estar na pré-reforma, mais vai-se protelando ao máximo a saída. O contrato que ele fez com a PSP não foi este”, acusou Peixoto Rodrigues.

A Lusa tentou ouvir o Comando Distrital de Braga da PSP, mas ainda não foi possível.

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