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Casa dos Animais de Lisboa «renasce» sem abate de cães e gatos

Jurista Inês Real é a nova provedora dos animais

A Casa dos Animais de Lisboa, situada em Monsanto, é inaugurada nesta segunda-feira, marcando o «renascer» do canil e gatil do município, disse à agência Lusa o vereador da Higiene Urbana.

Segundo Duarte Cordeiro, as obras, que começaram em 2011, «estão concluídas» e a inauguração permite dar a nova designação ao canil/gatil, que conta agora com duas novas salas, uma de vacinações e outra de quarentena.

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Também há uma área de balneários para servir os seis apanhadores e tratadores de animais, dois veterinários e restante pessoal administrativo.

Outra das novidades é que «o abate deixou de acontecer». Segundo o autarca, «a prática que existe é de eutanásia, em casos de extremo sofrimento dos animais».

A câmara também abriu inscrições para voluntários, numa lógica de «transparência», descreveu Duarte Cordeiro. Isto vai possibilitar que quem queira ajudar o possa fazer passeando os cães ou gatos e participando nas campanhas de sensibilização/adoção, por exemplo.

As mudanças vêm responder a algumas das críticas apontadas à Câmara de Lisboa na gestão do equipamento.

Em 2011, o Grupo de Lisboa da Campanha para a Esterilização de Animais Abandonados interpôs, inclusive, uma providência cautelar, aceite pelo Tribunal Administrativo e de Círculo de Lisboa, que proibia o canil/gatil municipal, com algumas exceções, de aceitar animais e obrigava a reestruturar os serviços de forma a cumprir as condições exigidas por lei.

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Esta providência cautelar foi entretanto levantada e «as críticas estão ultrapassadas», defendeu o também responsável pelo pelouro das Estruturas de Proximidade.

Atualmente, existem na Casa dos Animais 109 cães, 91 dos quais em condições de adoção, e 69 gatos, 49 prontos para serem recebidos num novo lar.

Apesar de o abandono não ser uma «situação nova» na cidade, tem vindo a aumentar junto de «famílias menos sensibilizadas» pelo «contexto de crise» no país, admitiu Duarte Cordeiro, acrescentando que o município vai efetuar um «trabalho contínuo na área da esterilização, para evitar a multiplicação, e também na sensibilização».

Para isso contribuem também as colónias que visam monitorizar e controlar a população de cais e gatos da cidade, estando localizadas não só na Casa dos Animais, como também em vários parques municipais, assinalou.

A inauguração marcará ainda a celebração de acordos de cooperação com as faculdades de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa e da Universidade Lusófona e com a Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais.

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O objetivo é não são permitir a formação dos alunos, nos casos dos estabelecimentos de ensino, como também proporcionar cuidados médicos aos animais, com custos mais baixos, referiu o autarca.

Em setembro, será lançada uma campanha de adoção de animais que contará com a participação de figuras públicas.

Jurista Inês Real é a nova provedora dos animais de Lisboa

A jurista Inês Real é a nova provedora dos animais da Câmara de Lisboa, função que tem agora mais «alcance» devido à recente criminalização dos maus tratos a animais, considerou o vereador da Higiene Urbana.

Duarte Cordeiro explicou que a escolha se deveu ao facto de a jurista ter um papel ativo na defesa dos direitos dos animais, tendo tirado um mestrado em Direito Animal e criado a associação sem fins lucrativos Jus Animalium, composta por juristas.

Esta foi uma «escolha conjunta» com o Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), que tem assento na Assembleia Municipal de Lisboa, adiantou o autarca socialista.

Segundo o também responsável pelas Estruturas de Proximidade, a criminalização dos maus-tratos contra animais também vai ser fundamental para dar mais «alcance» a esta função.

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