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Urgências: «Isto é um ato de lesa Pátria»

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Opinião de António Arnaut sobre proposta de fecho das urgências

O criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Arnaut, já reagiu às notícias sobre fecho das urgências. O encerramento de mais urgências é um ato de «lesa pátria», que vai deixar as populações mais desprotegidas do que estavam antes do 25 de Abril.

«Já fecharam escolas, correios, postos de GNR. Propõe-se agora encerrar tribunais. Querem acabar com o resto? Com aquilo que tem a ver com a segurança e a dignidade dos portugueses no interior do país?», questionou, comentando à agência Lusa a proposta da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência ao Governo que aponta para o encerramento de 16 serviços de urgência em todo o país.

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«Se lhes retiram serviços de saúde ficam abandonadas, ou mais abandonadas, do que antes do 25 de Abril. Isto é um ato contra as populações, de lesa Nação, ou de lesa Pátria».

Segundo António Arnaut, «não se pde criar uma fronteira dentro do próprio país», entre aqueles que dispõem de condições de acesso aos bens sociais e aqueles «que têm de palmilhar muitos quilómetros» para terem acesso a eles.

«É preciso chamar à atenção para o mínimo de lucidez e de bom senso, para não se retirar das populações os benefícios sociais tão arduamente alcançados depois do 25 de Abril», sustentou, frisando que o seu receio é que esteja em causa «o cumprimento de um programa ideológico, e não uma necessidade inevitável».

Para António Arnaut, o encerramento de urgências hospitalares ou de hospitais «não é tanto uma questão técnica, mas política, de saber se deve ou não haver um SNS que preste com eficiência e humanismo os cuidados de saúde a toda a população», cita a Lusa.

Nesse sentido, exortou o ministro da Saúde, Paulo Macedo, a olhar para o SNS «como uma exigência constitucional» e, também, «um imperativo moral».

Aconselhou-o a «aprender com as lições do passado», em que as populações se manifestaram contra os cortes nos serviços impostos pelo então ministro Correia de Campos, que acabou por pedir a demissão.

A Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência prevê o encerramento de 16 serviços de urgência classificados enquanto tal num despacho de 2008.

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