Três jovens, um dos quais menor de idade e que estava em prisão domiciliária, foram detidos por suspeitas de terem praticado vários roubos e outros crimes na região de Lisboa, anunciou esta quinta-feira a Polícia Judiciária (PJ).
O mais jovem, com 16 anos, é acusado de, há uma semana, ter roubado a viatura a um professor, que sequestrou e, sob a ameaça de uma faca, viajou pela cidade de Lisboa, fazendo vários levantamentos com cartões da vítima em máquinas Multibanco, num total de 500 euros.
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No caminho, o sequestrador, residente na zona da Ameixoeira, toxicodependente e sem carta de condução, aproveitou para comprar cocaína no valor de 100 euros, relata um comunicado da PJ.
O périplo acabaria de forma surpreendente, quando assaltante e assaltado foram vítimas de um assalto por um grupo que roubaria o carro do professor onde seguiam, contou à Lusa um inspector-coordenador da PJ.
O adolescente estava em prisão domiciliária quando praticou esta série de crimes, aguardando que lhe fosse colocada uma pulseira electrónica para garantir que qualquer ausência do domicílio fosse logo detectada pelos Serviços Prisionais. Com antecedentes por roubos também com recurso a armas brancas, o jovem já foi presente a tribunal cinco vezes e é investigado noutros tantos inquéritos, sempre por suspeita de roubos.
Os outros dois detidos, com 18 e 23 anos, estão «fortemente indiciados» de terem sido autores do assalto, com outros três homens, há cerca de mês e meio, de um homem, que seguia à noite para casa acompanhado por dois filhos menores, na zona de Belas.
Ameaçando-o com duas armas de fogo, os assaltantes, que seguiam numa viatura furtada, roubaram ao homem dois computadores portáteis, dois telemóveis e duas consolas de jogos electrónicos, tudo no valor de 3.000 euros.
A PJ crê que o grupo já assaltara um casal de namorados na véspera, também na região da Amadora, onde residem. Os outros três elementos do grupo ainda não foram detidos, prosseguindo as investigações da PJ. Os detidos vão ser hoje presentes ao juiz de Instrução Criminal, que irá decidir as medidas de coacção, que poderão ir até à prisão preventiva.
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