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População tentou linchar ladrão confesso

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Homem admitiu ter assaltado várias casas numa aldeia do concelho transmontano de Freixo de Espada à Cinta

A GNR impediu esta terça-feira o linchamento por parte da população do autor confesso de vários assaltos a residências numa aldeia do concelho transmontano de Freixo de Espada à Cinta, noticia a Lusa.

De acordo com aquela força de segurança e testemunhas ouvidas pela Lusa, a população de Ligares juntou-se esta terça-feira à tarde e deslocou-se à residência do homem para fazer justiça pelas próprias mãos.

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«O que valeu é que chegou a Guarda», contou à Lusa Carlos Cabral, habitante da aldeia que nos últimos meses tem assistido a uma vaga de assaltos a residências que pôs a pequena localidade em alvoroço. Fonte da GNR confirmou à Lusa que vários elementos desta força de segurança deslocaram-se ao local e retiraram o indivíduo e a família da casa onde viviam, sob protecção.

Autor está na prisão

O autor confesso dos assaltos está detido e será presente, quarta-feira, a tribunal para primeiro interrogatório. Segundo a fonte, a mulher será também alvo de um processo, mas por enquanto encontra-se, ela e os três filhos bebés, à guarda de uma instituição.

Uma habitante da aldeia acabou por ser detida por agressão e vai ser julgada, quarta-feira de manhã, em processo sumário, no Tribunal de Torre de Moncorvo. «O que eu vou dizer à juíza é o que ela faria no meu lugar», desabafou Leonor Pires, «indignada» com o desaparecimento de ouro que para a família era «relíquias», pelo valor sentimental.

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«Já que ninguém actua, temos que actuar nós»

«Já que ninguém actua, temos que actuar nós», disse à Lusa outro habitante, Admar Bento, que viu as filhas ficarem sem «mais de 10 mil euros em ouro», consequência de um dos assaltos mais recentes, no último fim-de-semana.

Ouro, dinheiro, maquinaria agrícola e mesmo armas constam da lista de assaltos confessados pelo indivíduo e a mulher, um casal jovem com três filhos bebés, que a população não quer mais na aldeia. Populares e autoridades associam os furtos à toxicodependência e há algum tempo que suspeitam da autoria.

Admar Bento conseguiu que a mulher contasse à GNR tudo sobre os roubos, ficando sob protecção, ela e os filhos, de uma instituição, enquanto o homem foi detido e confessou a autoria de alguns furtos às autoridades. De acordo com Admar Bento, no mesmo dia que «foi posto em liberdade, foi buscar a mulher e os filhos e, logo a seguir, faz mais dois assaltos». Estes últimos furtos foram a gota de água que provocaram a fúria da população.

De acordo com os relatos, chegaram inclusive a roubar o dinheiro que um habitante tinha em casa para pagar o funeral da esposa, enquanto decorria a cerimónia fúnebre.

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