Um tronco fóssil com mais de cinco milhões de anos desapareceu de uma herdade em Vila Velha de Ródão, estando o caso a ser já investigado pela GNR, informou esta terça-feira o Geopark Naturtejo.
O tronco faz parte daquele parque geológico, onde era uma das atracções turísticas. Encontrava-se ao ar livre, na Herdade de Coutada, junto a algumas casas, tendo o morador do local dito já que não deu por nada.
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O alerta para o desaparecimento foi dado na última quarta-feira pela presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Maria do Carmo Sequeira, que durante uma visita a alguns pontos do concelho deu pela falta do tronco.
«Tinha quase dois metros de comprimento por um metro de diâmetro e 15 toneladas. Ou seja, só pode ter sido roubado com uma retroescavadora e um camião», avança à Agência Lusa a autarca, que estranha o facto de «ninguém ter dado conta».
«O senhor que lá vive já tinha comentado que andavam a tentar roubar o tronco, o que achei impensável», refere Maria do Carmo Sequeira, lamentando nunca ter havido entendimento com os herdeiros para a Câmara Municipal o poder levar para o centro de artes municipal - onde já estão outros dois.
António José Ferro, morador na Herdade de Coutada, diz não ter dado conta do desaparecimento. «Só soube no dia 8, à noite, quando cheguei e estava aí a GNR», assegura à Agência Lusa.
«Estou-me a borrifar para o calhau. Quando tinha uma oficina junto ao tronco, até servia para endireitar peças. Depois ficou ali para o canto e eu já nem reparava se lá estava ou não», refere.
O tronco está abrangido pela classificação da UNESCO para o Geopark Naturtejo e uma outra classificação municipal estava em curso «para pressionar os herdeiros. Mas a família não se entendeu para podermos pegar nele», queixa-se Maria do Carmo Sequeira.
O tronco fóssil é um dos 16 mais importantes geomonumentos do Geopark Naturtejo. Foi outrora uma anoneira com 20 metros de altura, árvore que só existe actualmente em latitudes tropicais.
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