O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) deixou em liberdade um empresário argentino suspeito de burlar o Estado português em cinco milhões de euros num esquema de IVA em carrossel.
A decisão do juiz de instrução de aplicar o Termo de Identidade e Residência, com obrigação de apresentações periódicas, ao arguido, indignou a PJ, que agora teme a fuga do suspeito, com residência em Espanha, e os inerentes prejuízos ao decurso da investigação.
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«Foram meses de investigação, onde se gastou muito dinheiro dos contribuintes», refere uma fonte da PJ ao Correio da Manhã, lamentando o «sinal profundamente errado que se dá para a sociedade».
O arguido já cumpriu penas de prisão, em Portugal e Espanha, por tráfico de droga e posse ilegal de arma, sendo que no nosso país já estava referenciado por criminalidade económica, desde 2004.
No âmbito da investigação, foram desmontadas três empresas em que o arguido era sócio-gerente, e identificada uma outra que o mesmo geria por interposta pessoa.
Várias instituições bancárias estarão envolvidas neste caso, onde as empresas de fachada tinham contas abertas para facturar as vendas transnacionais. Em causa estava a comercialização de consumíveis de informática.
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