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Movimentos contestam liberalização do aborto

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Plataformas pró-vida e pró-escolha salientam a influência da legalização no aumento da Interrupção Voluntária da Gravidez

O efeito da crise económica pode estar a contribuir para o aumento da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), de acordo com a opinião dos movimentos pró-vida e pró-escolha, não deixando de salientar a influência da legalização do aborto, segundo informação da Agência Lusa.

A falta de condições económicas e o aumento do desemprego são características desfavoráveis à maternidade, conforme admite Joaquim Galvão, da Plataforma Cívica «Mais Vida, Mais Família». Sublinha, no entanto, que «a falta de valore» e a «irresponsabilidade» também contribuem para aumentar o número de IVG.

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Dados recolhidos pela Lusa, de vários responsáveis clínicos, indicam que o número de abortos aumentou em Portugal desde o início do ano.

«Há tantas formas de contracepção e acesso ao planeamento familiar que não se justifica. O aborto como forma de contracepção revolta-me muito», criticou Joaquim Galvão, referindo o «facilitismo» da legislação que entrou em vigor em meados de 2007.

A mesma ideia é defendida por Maria José Magalhães, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), mas considera um lado positivo, uma vez que a lei se traduz numa redução dos abortos clandestinos.

«As estimativas da prática de abortos clandestinos, antes da lei, eram muito superiores aos números registados em 2007 e 2008. A própria lei é um mecanismo que ajuda a consciencializar as pessoas e prevenir estas práticas», acrescentou.

Quanto aos efeitos da crise, «seria necessário estudar melhor a questão para se estabelecer uma relação causal, mas é um factor provável», frisou Maria José Magalhães.

Pedro Líbano Monteiro, da Associação Juntos pela Vida, tem uma opinião oposta, atribuindo o aumento exponencial do número de abortos à «liberalização do mesmo» e à «regulamentação que excluiu a dissuasão da sua prática (pela exclusão de objectores de consciência na consulta de aconselhamento)».

Deixou ainda um recado ao ministério da Saúde, manifestando a sua estranheza pelo facto de, ao contrário de Espanha, «não disponibilizar publicamente informação estatística actualizada sobre a prática do aborto e dos motivos invocados pelas grávidas para a prática do mesmo».

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