O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, afirmou esta quarta-feira que a emigração portuguesa para a Suíça está a aumentar, em particular de quadros superiores, mas lamentou que esta nova vaga não esteja integrada com a comunidade mais antiga.
«Há realmente nota da vinda, para toda a Suíça, de várias pessoas, jovens e não jovens, entre as quais vários quadros e pessoas com licenciaturas», disse à Lusa José Cesário a partir da Suíça, no final de uma visita de dois dias àquele país, onde vivem mais de 250 mil portugueses.
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De acordo com o secretário de Estado, a nova vaga de emigração para a Suíça começou há cerca de seis anos, e algumas das pessoas com formação superior trabalham em empresas na área informática, nos serviços ou no setor financeiro, mas também em limpezas, o que mostra que, também naquele país, «é difícil encontrar trabalho».
Os novos emigrantes «não têm grande articulação com a comunidade tradicional», lamentou José Cesário, que manifestou a disponibilidade do Governo português para se associar a iniciativas da comunidade, «até por parte dos empresários portugueses», para «pôr esta gente em contacto, porque isso é benéfico» para eles.
O secretário de Estado referiu ainda que os empresários com quem se encontrou «têm uma vontade muito grande de colaborar para a recuperação económica de Portugal e de divulgar a imagem do país junto dos suíços».
Durante a deslocação à Suíça, José Cesário reuniu-se com a secretária-geral do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas, que lhe transmitiu «algumas críticas, sobretudo quanto aos manuais, que não se adaptam totalmente aos diferentes alunos».
Isto, acrescentou, obriga a maior cuidado na escolha dos livros para o próximo ano, uma ideia que ficou assente no encontro com a coordenadora do ensino de português naquele país: «É necessário, no início do ano, fazer um diagnóstico adequado dos níveis de proficiência dos alunos, um trabalho feito muito ao nível local», referiu.
Cesário destacou ainda que o consulado-geral em Zurique «está hoje muito longe daquela situação de grandes filas que tinha há um ano», porque os funcionários começaram a atender por marcação, «com uma espera máxima de 10 dias», apesar de se manterem disponíveis para responder a situações urgentes.
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