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Apito Dourado: ourives diz que ficou «a arder»

Fornecedor de ouro alegadamente dado aos árbitros processou ex-vice de Gondomar

O comerciante de ouro a quem, segundo a acusação do processo «Apito Dourado», eram adquiridas as peças para alegadamente oferecer aos árbitros, processou o antigo vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, de quem reclama o pagamento de uma dívida de 14 mil e 700 euros correspondente a peças em ouro recebidas e não pagas.

Em causa está, de acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a aquisição sucessiva de: 12 pulseiras, 27 fios, 27 cruzes, 3 pulseiras, 9 fios, 9 cruzes, 6 colares, 3 fios, 3 cruzes, 3 cruzes, 3 fios, 3 fios, 3 cruzes e 3 pulseiras, durante os anos de 2002 e 2003.

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A acção deu entrada no Tribunal de Gondomar, a 16 de Março de 2005, e, apesar de a factura ter sido emitida a 7 de Março de 2005, o credor (ourives) garante no processo que aquela se reporta a peças «adquiridas e colocadas à disposição do réu no correr do ano de 2002 e 2003».

António Fernando Neves Ribeiro, o ourives, que é testemunha no processo «Apito Dourado», refere ainda na acção que José Luís Oliveira pagou apenas 2.500 euros referentes à dívida em apreço (17.200), faltando liquidar 14 mil e 700 euros.

«Apesar de várias vezes instado (...) o Reú não efectuou até ao momento o pagamento do seu débito, embora sempre tivesse reconhecido a dívida e prometesse pagá-la», pode ler-se na acção que Neves Ribeiro moveu ao antigo número dois da câmara de Gondomar, que era também presidente do Gondomar Sport Club (GSC).

Citado para contestar, o ex-vice de Valentim Loureiro disse que «não comprou nenhum dos objectos referidos» e considerou «falsos todos os factos», incluindo o teor da factura. Em resposta, o ourives vem reclamar que Oliveira seja também condenado como «litigante de má-fé», devendo pagar uma multa e indemnização, bem como as despesas que o credor tiver com o advogado. O caso está a aguardar julgamento.

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Refira-se que, segundo a acusação do «Apito Dourado», durante a época desportiva de 2002/2003 o arguido José Luís Oliveira terá adquirido por duas vezes a António Ferreira Neves Ribeiro, empresário de ourivesaria de Gondomar, peças em ouro para serem oferecidas a duas equipas de arbitragem nomeadas para jogos em que interveio o Gondomar Sport Club e que não foi possível determinar.

Adianta ainda o Ministério público, que o arguido José Luís Oliveira tinha um acordo com o ourives para que este lhe fornecesse objectos em ouro destinados às equipas de arbitragem nos jogos em que participasse o GSC, sublinhando que deveriam ser normalmente três fios com cruz ou três pulseiras, de cada vez, e no valor total não superior a 700 euros.

Segundo os procuradores Carlos Teixeira e Pedro Quelhas, o arguido José Luís Oliveira queria assim oferecer tais objectos aos árbitros «para conseguir que estes praticassem actos contrários às leis do jogo para conseguir que o GSC obtivesse resultados vantajosos e pudesse ganhar o campeonato nacional da 2ª Divisão-B, zona Norte».

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