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Todos querem ir para a PJ

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Mais de cinco mil jovens competem para 150 vagas. «Maior concurso de sempre» vai formar sobretudo mulheres. Direito e Psicologia lideram candidaturas. Provas antigas não podem ser consultadas

Mais de cinco mil jovens já entregaram as candidaturas para o concurso externo de ingresso na Polícia Judiciária. Os milhares de candidatos competem apenas para 150 vagas que foram amplamente anunciadas pelo Governo. Este é já «o maior concurso de sempre», adianta o director dos Recursos Humanos.

As candidaturas foram entregues até meio de Julho e estão neste momento a ser introduzidas no sistema informático. «É preferível perder algum tempo agora. Não podem haver erros que possam mais tarde servir para parar o concurso», explicou ao PortugalDiário Domingos Baptista, director do departamento de Recursos Humanos da PJ.

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Das cerca de cinco mil e quinhentas candidaturas entregues, muitas não passam da secretária. «Há sempre imprecisões. Ou falta de documentos ou candidatos que não correspondem aos requisitos. Calculamos que cerca de mil não cheguem à primeira prova», adiantou.

O ingresso na Polícia Judiciária está dividido em várias fases. Uma prova escrita, um exame psicológico, exames médicos de selecção, provas físicas e uma entrevista final. «A maior parte dos chumbos ocorrem nas primeiras duas provas, no entanto, só cerca de um terço não passa para a fase seguinte», especifica.

A data da primeira prova ainda não está marcada mas deverá ocorrer no mês de «Outubro ou Novembro». Os pormenores do exame também ainda não estão em cima da mesa, no entanto, a prova deverá ser realizada num domingo, em Universidades, em vários pontos do país, nomeadamente, Lisboa, Porto, Coimbra, Algarve e ilhas.

Mulheres lideram

A maior parte das candidaturas são protagonizadas por mulheres, à semelhança do que ocorreu no último concurso externo, que ocorreu em 2001, onde cerca de 60 por cento eram do sexo feminino.

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Apesar de um dos intuitos das vagas abertas ser o aumento de inspectores no combate à corrupção, a maioria das candidaturas são actualmente de direito e psicologia.

Correcção anómima

A transparência de todo o processo é uma das preocupações da Polícia Judiciária e por isso mesmo a correcção das provas escritas vai ser efectuada pelo júri, mas com recurso ao anonimato. «As provas vão ser numeradas e o júri não vai saber de quem é a prova que corrige».

O departamento de recursos humanos tem sido inundado por questões dos candidatos, mas o director garante que todas as questões são respondidas. A preparação implica o domínio de uma vasta legislação, no entanto, não é permitido consultar provas antigas.

«As provas são sempre diferentes e no final de cada concurso são destruídas. Ao dar a conhecer podíamos estar a induzir os candidatos em erro», sustenta o director.

A passagem nos testes não é tarefa fácil, no entanto, o esforço não fica por aqui. Depois de quase um ano de concurso os melhores passam por mais um ano de formação, onde vão auferir apenas uma bolsa «semelhante ao ordenado mínimo», seguido de um estágio também anual. Só depois de um aproveitamento de todas estas fases integram os quadros da Judiciária.

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