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Face Oculta: ex-braço direito de Godinho quer falar

Segundo a acusação nNamércio Cunha era o «principal coadjuvante» de Manuel Godinho

O arguido no processo «Face Oculta» Namércio Cunha, antigo braço direito do empresário das sucatas Manuel Godinho, anunciou esta terça-feira que vai prestar declarações ao tribunal.

Logo no início da 17.ª sessão do julgamento, que está a decorrer no tribunal de Aveiro, o ex-director comercial da O2, que pertence a Manuel Godinho, principal arguido no processo, dirigiu-se ao juiz presidente Raul Cordeiro para dizer que pretendia falar, escreve a Lusa.

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Namércio Cunha, que está acusado de um crime de associação criminosa e outro de corrupção activa para ato ilícito, será assim o sexto arguido do processo «Face Oculta» a ser ouvido em audiência de julgamento.

Segundo a acusação, Namércio Cunha era o «principal coadjuvante» de Manuel Godinho nas diligências por si empreendidas no sentido de favorecer as empresas do sucateiro.

No processo refere-se que o arguido «funcionou não só como conselheiro técnico, mas também como auxiliar no estabelecimento de contactos com indivíduos que exercem funções de poder, detêm capacidade pessoal de decisão, com capacidade para influenciar determinantemente o decisor e com acesso a informação privilegiada».

A Namércio Cunha competia, igualmente, a propósito da quadra natalícia, organizar a lista dos indivíduos a serem obsequiados por Manuel Godinho, os objectos a ofertar e o seu valor.

Na sessão desta manhã, o juiz presidente Raul Cordeiro indeferiu a irregularidade de audiência que tinha sido arguida na última sessão pela defesa do ex-presidente da REN José Penedos.

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Em causa estava o depoimento do inspector da Polícia Judiciária (PJ) António Costa que, na opinião do requerente, não era «legalmente admissível em toda a sua extensão», alegando que a testemunha «deu conta ao tribunal não de aspectos concretos de diligências que tenha feito, mas das suas conclusões sobre a prova».

O tribunal continuou a ouvir o inspector da PJ António Costa que está a ser interrogado pelos advogados de defesa.

A sessão foi interrompida para almoço e continuará ao início da tarde.

Desde que começou o julgamento, a 8 de Novembro de 2011, já prestaram depoimento cinco arguidos, incluindo o antigo ministro e ex-vice presidente do BCP, Armando Vara, o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais) José Penedos e o seu filho Paulo Penedos.

O depoimento deste último foi interrompido no dia 18 de Novembro, devido à indisponibilidade do seu advogado, e continuará a partir de 28 de Fevereiro.

Dos seis arguidos que manifestaram intenção de prestar declarações nesta fase do processo, falta ainda ouvir o gestor Lopes Barreira, que está a aguardar autorização do hospital de Aveiro para fazer, nesta unidade, o tratamento de hemodiálise a que é sujeito três vezes por semana.

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