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Greve cancela audiência da Face Oculta

Ausência das duas oficiais de justiça inviabilizou a realização da sessão

A audiência do mediático julgamento do caso Face Oculta, que estava prevista para esta quinta-feira no tribunal de Aveiro, não se realizou devido à greve geral.

O colectivo de juízes e os procuradores do Ministério Público, advogados e arguidos marcaram presença no tribunal, mas a ausência das duas oficiais de justiça (uma escrivã-adjunta e uma escrivã auxiliar) que estão destacadas para o julgamento, inviabilizou a realização da sessão.

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O juiz presidente Raul Cordeiro chamou os advogados à sala de audiências e explicou que não era possível realizar a sessão, que irá assim prosseguir na sexta-feira com a inquirição do inspector da Polícia Judiciária (PJ) Rui Carvalho, um dos envolvidos na investigação do caso Face Oculta.

O julgamento, que vai na terceira semana de audiências no tribunal de Aveiro, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que tinha como objectivo o favorecimento de um grupo empresarial de Ovar ligado ao ramo das sucatas nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas.

No banco dos réus estão sentados 36 arguidos (34 pessoas e duas empresas) que respondem por centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências.

Desde o passado dia 08 de Novembro, quando começou o julgamento, o tribunal já ouviu quatro arguidos, designadamente o antigo ministro e ex-vice presidente do BCP, Armando Vara, o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), José Penedos, o ex-quadro da Galp, António Paulo Costa, e o administrador da IDD - Indústria de Desmilitarização e Defesa, José António Contradanças.

O advogado Paulo Penedos, filho de José Penedos e co-arguido no processo, também já começou a ser interrogado, mas a audição foi interrompida na passada sexta-feira e ainda não foi retomada devido à ausência do seu advogado Ricardo Sá Fernandes, que também está envolvido no julgamento do rapto agravado do jovem Rui Pedro, a decorrer no tribunal de Lousada.

Dos seis arguidos que manifestaram intenção de prestar declarações nesta fase do processo, falta ainda ouvir o gestor Lopes Barreira, que está a aguardar autorização do hospital de Aveiro para fazer, nesta unidade, o tratamento de hemodiálise, a que o arguido é sujeito três vezes por semana.

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