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Repetido julgamento de alemão acusado de homicídio no Algarve

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Decisão tomada por justiça germânica porque um dos jurados não domina a língua alemã

O novo julgamento do alemão acusado do homicídio da namorada angolana e da filha de ambos, no Algarve, vai ser repetido porque um dos jurados não domina a língua alemã e o recomeço foi hoje agendado para quinta-feira, noticia a Lusa.

O julgamento de Gunnar Dorries, 44 anos, tinha começado na sexta-feira, no Tribunal Regional de Jurados de Munique.

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Dorries é acusado pelo Ministério Público da capital da Baviera de ter assassinado, «de forma premeditada, e com baixos instintos», a angolana Georgina Zito, de 30 anos, e a filha de ambos, Alexandra, de 21 meses, durante umas férias em Portugal.

Na abertura do primeiro julgamento o engenheiro alemão negou a autoria do crime.

Segundo a acusação, porém, o réu terá matado Georgina para ocultar perante a namorada alemã, com quem vivia, a relação amorosa com a cidadã angolana.

O suspeito viajou para Portugal a 6 de julho de 2010, na companhia de Georgina, que residia em Estugarda, e da filha Alexandra, alojando-se com elas num hotel de Lagos.

A 10 de julho, Dorries terá arrastado Georgina para a água na Praia do Canavial, onde a afogou, simulando um acidente, presenciado por algumas testemunhas portuguesas que ainda o interpelaram, mas que ele repeliu, desaparecendo em seguida com a pequena Alexandra nos braços.

Horas depois, chegou ao hotel já sem a filha. A 13 de julho viajou para Lisboa, num carro de aluguer, apanhando depois um avião para Munique.

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A 15 de julho, um comando especial da polícia alemã deteve Dorries no seu apartamento na capital da Baviera, com base num mandado de captura europeu emitido pelas autoridades portuguesas.

Desde então, o suspeito está em regime de prisão preventiva em Munique.

Interrogado várias vezes pela polícia, recusou sempre a revelar o paradeiro de Alexandra e chegou mesmo a afirmar que a criança estava viva e que a tinha confiado a um casal de turistas no Algarve.

Porém, os restos mortais da menina acabariam por ser encontrados por pescadores, em março de 2011, na costa algarvia, perto de Sagres.

Devido ao adiantado estado de decomposição do corpo, os investigadores não conseguiram apurar, no entanto, como a criança terá morrido.

Dorries terá planeado assassinar Georgina e a pequena Alexandra, que só conheceu durante as fatídicas férias, quando a mulher angolana lhe exigiu que assumisse a comprovada paternidade da criança, o que não estava disposto a fazer, por recear que a sua companheira alemã descobrisse tal relação e rompesse com ele.

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Para isso, viajou em segredo até Lagos, em junho de 2010, preparando meticulosamente o crime, sustenta o Ministério Público de Munique.

Segundo os autos de acusação, Dorries terá dito à sua companheira alemã que tinha de ir à Dinamarca em viagem de negócios, para encobrir as férias em Portugal.

Portugal pediu, na altura, a extradição do suspeito, mas este recorreu para a justiça germânica, que lhe deu razão, sustentando que os meios de prova, as testemunhas e o pano de fundo do caso existem tanto na Alemanha como em Portugal.

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