As dependências, ontem como hoje, estão presentes na juventude portugueses. Mas também aqui há mudanças. Segundo o estudo da Publicis Portugal, actualmente os jovens fumam menos, mas abusam mais das drogas. O estudo revela, aliás, que há menos fumadores diários entre os adolescentes portugueses, mas também que muitos têm o primeiro contacto com drogas entre os 12 e os 13 anos.
Quanto à iniciação do consumo de álcool também é «precoce». Diminuiu nos últimos anos, mas os jovens começam a beber mais cedo (47 por cento dos jovens com 13 anos já consome bebidas alcoólicas).
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O estudo revela também que os jovens portugueses preocupam-se com o corpo, mas alimentam-se mal: comem «menos vegetais e não tomam o pequeno-almoço».
Mega-consumidores
Segundo o estudo, os jovens portugueses são «críticos do consumismo», mas ao mesmo tempo «mega-consumidores». «Fazem tudo para estar na moda e têm cada vez mais poder de compra. Confessam que, assim que têm dinheiro, gastam-no em música, roupa e tecnologias». No entanto, olham para o consumismo como algo «fútil, superficial e doentio».
Precisam de emoções fortes, mas com confiança. «Iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, mas usam cada vez mais preservativo». Aliás, o número de casos notificados de jovens com SIDA tem vindo a diminuir desde 1999, atingindo o valor mais baixo em 2005.
É uma geração de jovens, diz o estudo, «muito individualista, egoísta até», que procura fazer apenas «tudo aquilo que lhe dá prazer». Simultaneamente, a vida sem a pertença a um grupo parece «não fazer qualquer sentido».
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Crescem rapidamente mas permanecem «jovens» mais tempo
«Se antigamente autonomia e liberdade significava sair de casa dos pais, hoje a liberdade dos actuais jovens adultos é encontrada na privacidade do seu quarto», lembram os autores do estudo.
Em Portugal as raparigas saem de casa dos pais, em média, aos 26 anos e os rapazes aos 28 anos. Os projectos «são adiados: o emprego, o casamento e os filhos».
Saturados, mas de olhos abertos
Segundo o estudo Tweens, os jovens «não têm a certeza das eficácia do voto, embora sejam sensíveis a temas sociais» (21,5 por cento dos jovens não se interessam pela política; 12,6 por cento não estão recenseados e 6,5 por cento não tem confiança nos políticos portugueses).
Defendem o «ambiente, a paz, o diálogo e a expressão individual, criam os seus ideais nesses movimentos sociais e já não nos partidos políticos».
Motivações «consistentes e duradouras»
Os jovens de hoje, segundo o documento, estão unidos na procura de serem socialmente responsáveis, do sucesso pessoal e profissional, de terem estabilidade emocional, embora aspirem a ter uma vida cheia de aventuras intensas, liberdade e independência.
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