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Polícia «preocupada» com movimentos extremistas nos bairros

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Menor abatido na Amadora por PSP mobiliza grupos radicais em manifestações contra a polícia

A morte de Elson Sanches, abatido por um agente da PSP durante uma perseguição policial, este mês, na Amadora, está a ser usada por movimentos de extrema-esquerda para angariar apoios em bairros sociais problemáticos, designadamente na Amadora e em Loures.

De acordo com o «Diário de Notícias», a Polícia Judiciária, os Serviços de Informação e Segurança (SIS) e a PSP estão a investigar a aproximação destes grupos, ligados a movimentos anarquistas e antiglobalização, a bairros problemáticos.

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O argumento é a revolta contra a polícia por alegadamente «assassinar» negros com a conivência do Governo e de órgãos de comunicação social «racistas».

Um desses movimentos, a Plataforma Gueto, está mesmo a promover uma manifestação de solidariedade para com a família de «Kuku», o jovem assassinado, para o próximo sábado, na Amadora, em frente à esquadra da PSP. O caso tem repercussão internacional e admite-se a presença de elementos de organizações estrangeiras.

A organização pede no seu blogue (Brutalidadepolicial) donativos que ajudem a família bem como convoca jantares de solidariedade.

«De Paris a Atenas, a São Francisco (onde no dia 1 de Janeiro a polícia assassinou um jovem negro de 22 anos), à Amadora, está a acontecer por todo o lado. Qual será o próximo bairro? O meu? O teu? Quem será o próximo? Eu? Tu?», pode ler-se no blogue.

«Apelamos a todos os irmãos, tropas, guetos e organizações solidárias que se juntem nesta jornada duma luta que é de todos e que esteve calada muito tempo», refere ainda o movimento.

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De acordo com fontes da PJ e da PSP ouvidas pelo IOLPortugalDiário, as forças policiais estão ao corrente destas movimentações, recusando, no entanto, enunciar as medidas tomadas para evitar o pior durante estas manifestações públicas.

As autoridades não escondem a «preocupação» pelas «tentativas de aproveitamento» destes casos «que visam desviar as famílias da sede própria onde podem reclamar justiça: os tribunais».

Tiro à queima-roupa

No caso, de «Kuku», as tentativas de promover manifestações públicas iniciaram-se antes mesmo do funeral do jovem, ocorrido no passado sábado e que resultou em desacatos, com alguns jornalistas a queixarem-se de agressões por alegado «racismo» no tratamento destas notícias.

Refira-se que o agente da PSP que abateu o jovem da Amadora alega legítima defesa, argumentando que o menor lhe apontou uma arma durante a perseguição policial.

Segundo o agente, o disparo terá sido feito a cerca de dois metros de distância de «Kuku», mas as perícias realizadas sustentam, segundo o «Correio da Manhã», que o agente atirou à queima-roupa. Pólvora encontrada no casaco do jovem de 14 anos aponta para um tiro a não mais de 15 centímetros da cabeça.

Questionado sobre este facto, fonte policial preferiu salientar que o tiro a ter sido alegadamente disparado à queima-roupa não exclui a hipótese de legítima defesa. «A legítima defesa, o excesso de legítima defesa ou até a sua inexistência» tem de ser apreciada tendo em conta o conjunto dos elementos recolhidos.

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