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Acordo Ortográfico em risco

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Divergências entre linguistas de Portugal e do Brasil podem retardar a implementação das novas regras comuns aos países lusófonos

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 1990, pode falhar na prática caso não seja elaborado um vocabulário ortográfico comum entre o Brasil e Portugal, afirmou o presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) à agência Lusa.

O Brasil será o primeiro país a adoptar oficialmente as novas regras ortográficas que entram em vigor a 1 de Janeiro de 2009, com um prazo para adequação e reedição dos livros didácticos e dicionários até Dezembro de 2012.

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No entanto, divergências quanto a uma interpretação comum do acordo por linguistas de Portugal e do Brasil podem retardar a implementação das novas regras comuns aos países lusófonos.

Godofredo de Oliveira Neto, que preside ao IILP, ligado à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou que se a convenção internacional não for adoptada igualmente por todos os países, «o acordo fica desacordado».

«A construção de um vocabulário ortográfico comum é um dos artigos mais importantes exposto no acordo. Se não tiver regras não tem acordo», disse à Lusa o escritor, ao frisar que os linguistas portugueses e brasileiros têm que chegar a um «acordo sobre a interpretação deste acordo ortográfico».

Segundo Oliveira Neto, «o que falta é uma união dos especialistas e não dos políticos, e isso pode prejudicar a implantação do acordo na sua plenitude».

Oliveira Neto disse ser indispensável o entendimento entre a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Academia das Ciências de Lisboa, as duas instituições responsáveis pela elaboração do vocabulário ortográfico para servir como referência para os dicionários.

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