O presidente da Câmara Municipal de Lisboa classificou como «gravíssima» a situação provocada pela greve de quatro dias dos trabalhadores da higiene urbana, adiantando que o município está impedido de contratar serviços alternativos.
António Costa foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de tomar medidas para prevenir o caos e a insalubridade resultantes da greve que impede a recolha do lixo em Lisboa durante cinco dias, já que a paralisação de quatro dias se sucede a um domingo, mas adiantou que nada pode fazer, informa a agência Lusa.
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«Não posso legalmente substituir os trabalhadores em greve», salientou o autarca à saída da comissão parlamentar de Obras Públicas, onde foi ouvido a propósito do terminal de contentores de Alcântara.
Considerando que se trata de «uma situação gravíssima para a cidade», o presidente do município reiterou que a greve é «extemporânea e injustificada» porque não está em causa qualquer intenção de privatização dos serviços de higiene urbana.
«É uma atitude fora de tempo», afirmou Costa, lembrando que apenas foi pedido um estudo sobre a possibilidade de adjudicar a limpeza e varredura de ruas a uma entidade externa em duas zonas.
O protesto dos trabalhadores municipais decorre até quinta-feira e visa contestar a alegada intenção de privatizar os serviços de recolha de lixo e limpeza das ruas em algumas zonas.
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