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NATO: contra-cimeira arranca com cerca de 100 participantes

Eram esperadas 300 pessoas. Responsáveis qualificam de antidemocrática a proibição da entrada em Portugal de pessoas que iam participar neste encontro

A contra-cimeira da NATO começou hoje em Lisboa com uma escassa centena de participantes, dos 300 esperados, e com os responsáveis pelo evento a qualificarem como antidemocrática a proibição da entrada em Portugal de pessoas que iam participar neste encontro.

«É neste contexto, de acções antidemocráticas que barraram a entrada de dezenas de pessoas que vinham participar nesta contra-cimeira, que começamos os nossos trabalho»¿, disse, na abertura, Natália Nogal, da Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato (PAGAN).

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Os jornalistas e a comunicação social foram também alvo das críticas dos oradores no início desta acção, que contesta a NATO, a sua existência e os seus propósitos. Reiner Braun, do Comité Coordenador Internacional (CCI) da PAGAN lamentou que isto aconteça e lembrou que Portugal e Espanha já viveram sob regimes ditatoriais, mas hoje são democracias.

«Pedimos aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos diferentes países que apelassem ao Governo português para não deixar que estas situações aconteçam, mas infelizmente muitos dos que queriam vir manifestar aqui a sua opinião contra a NATO foram impedidos de o fazer», afirmou Braun.

«Pouco saberemos do conceito estratégico em causa se nos ativermos aos que os jornalistas relatam sobre t-shirts que trazem as pessoas que queriam participar e não o fizeram porque foram impedidas de passar a fronteira», sublinhou Sandra Monteiro, do «Le Monde Diplomatique».

O novo conceito estratégico da NATO, denunciou Sandra Monteiro, «vai formalizar uma série de práticas que já estão em curso, mantendo o carácter de organização regional mas alarga à escala global o perímetro de actuação, com novas parcerias».

A contra-cimeira vai debater ao longo desta sexta-feira, em múltiplas mesas redondas, alternativas à existência de um organismo militar como a NATO.

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