O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos admitiu esta quarta-feira apresentar uma queixa-crime contra a Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que o acusou de prestar declarações erradas sobre processos disciplinares relacionados com a lista VIP de contribuintes.
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“Nós, neste momento, estamos a ponderar apresentar uma queixa-crime contra a Inspeção-Geral das Finanças”, afirmou à agência Lusa Paulo Ralha, presidente daquela estrutura sindical.
Para Paulo Ralha, a IGF só tem “competências técnicas” e não deve “fazer juízos de valor, muito menos juízos de valor com teor político”. E, se os tem de fazer, que o “faça relativamente ao secretário de Estado”, reagiu.
“Não tem nada que se meter com uma entidade que é privada e que não tem qualquer ligação com esta situação a não ser por ser tida como testemunha”, sublinhou, acrescentando que o sindicato não foi indiciado de nada e as declarações são escusadas.
“Alguém pensa que as duas coisas estão separadas”, questionou Paulo Ralha, sublinhando que são exatamente a mesma coisa.
“Se não existisse lista VIP, não existiam processos nenhuns, e o facto é que durante três anos não houve nenhum processo instaurado e de repente a partir do dia 29 de setembro começam a ser instaurados todos”, salientou.
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