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Sindicato admite apresentar queixa-crime contra Inspeção-Geral de Finanças

IGF acusou o sindicato de prestar declarações erradas sobre processos disciplinares relacionados com a lista VIP de contribuintes

No relatório do inquérito ao funcionamento da Autoridade Tributária, que confirma a existência de uma lista VIP, a entidade dirige críticas a Paulo Ralha, que acusa de ter feito declarações que “não correspondem de todo à verdade”. No documento, a IGF afirma que Paulo Ralha indicou que foram instaurados 36 processos disciplinares e cinco processos de inquérito devido a acessos aos dados de quatro contribuintes “VIP”, mas que só foram instaurados 33 processos por causa de uma auditoria que não está relacionada com aquele assunto. Segundo o sindicalista, o relatório “não é isento e não é idóneo e é um facto feito à medida do senhor secretário de Estado (dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio)” e por não lhe é reconhecido “qualquer credibilidade”.

 O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos admitiu esta quarta-feira apresentar uma queixa-crime contra a Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que o acusou de prestar declarações erradas sobre processos disciplinares relacionados com a lista VIP de contribuintes.

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“Nós, neste momento, estamos a ponderar apresentar uma queixa-crime contra a Inspeção-Geral das Finanças”, afirmou à agência Lusa Paulo Ralha, presidente daquela estrutura sindical.

Para Paulo Ralha, a IGF só tem “competências técnicas” e não deve “fazer juízos de valor, muito menos juízos de valor com teor político”. E, se os tem de fazer, que o “faça relativamente ao secretário de Estado”, reagiu.

“Não tem nada que se meter com uma entidade que é privada e que não tem qualquer ligação com esta situação a não ser por ser tida como testemunha”, sublinhou, acrescentando que o sindicato não foi indiciado de nada e as declarações são escusadas.

“Alguém pensa que as duas coisas estão separadas”, questionou Paulo Ralha, sublinhando que são exatamente a mesma coisa.

“Se não existisse lista VIP, não existiam processos nenhuns, e o facto é que durante três anos não houve nenhum processo instaurado e de repente a partir do dia 29 de setembro começam a ser instaurados todos”, salientou.

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