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Lobos ibéricos de Mafra precisam de ajuda

Centro de Recuperação, em Mafra, está em risco de perder terreno onde se encontra abrigo

O Centro de Recuperação de lobos ibéricos, que está em risco de perder a casa se não comprar o terreno onde se encontra, lançou uma campanha na Internet e prepara concertos e leilões de pintura para angariar dinheiro.

O objetivo é reunir os 150.000 euros necessários para adquirir o terreno em Mafra onde se encontram oito lobos ibéricos - e para onde vão ser levados mais seis nas próximas semanas -, sob pena de o centro de acolhimento dos animais perder a sua casa, segundo o presidente do Grupo Lobo, Francisco Petrucci-Fonseca, citado pela Lusa, nesta quarta-feira.

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«Neste momento confrontamo-nos com o problema de termos de adquirir o terreno. Caso contrário, temos de agarrar nos animais e em tudo o que pudermos e deslocarmo-nos para um outro terreno, que teremos de adquirir, ou que nos seja emprestado», explica o responsável da associação que criou, há 25 anos, o projeto de acolhimento dos lobos que não podem viver em liberdade.

Francisco Petrucci-Fonseca adianta que a associação tem cinco anos para efetuar a compra, mas admite que não tem dinheiro para o fazer.

«Já pagámos a primeira prestação, foi-nos emprestado o montante em causa e queremos manter o projeto naquela zona e não perder todo o investimento que foi feito ao longo destes 25 anos», refere, acrescentando que, «apesar de haver algumas pessoas que ofereceram terrenos, o investimento que teria de ser feito é muito superior ao valor do terreno» onde se encontram atualmente os animais.

Por isso, avança Francisco Petrucci-Fonseca, o grupo lançou uma campanha na Internet para angariação de fundos - que reuniu até agora cerca de 26.000 euros - e está a preparar concertos e leilões para juntar o montante que falta.

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«Estamos a falar com diversos artistas portugueses na área da música para ver se é possível fazer alguma coisa para angariar fundos e para chamar a atenção para a campanha e também com artistas plásticos, nomeadamente pintores, para ver se conseguimos obter algumas obras e fazer um leilão em que os fundos revertam para a campanha», conta.

Para Francisco Petrucci-Fonseca, é importante que seja a própria associação a reunir o valor necessário, afastando a hipótese de pedir ajuda quer ao Estado quer à câmara municipal.

«O Estado deve preocupar-se com uma coisa com a qual nós não podemos lidar: pagar os prejuízos causados pelo lobo nos animais domésticos», defende, lembrando que a lei já obriga o Estado a pagar esses prejuízos e se isso for «feito atempadamente» já «é uma forma prática de contribuir para a conservação deste animal».

Embora o Centro de Recuperação funcione como um polo de atração turística na região, Francisco Petrucci-Fonseca também considera que não deve ser a autarquia a resolver o problema. «Preferimos que as câmaras nos arranjem os caminhos e beneficiem aquilo que é público ali à volta, porque também é uma forma de ajudar o Centro.»

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