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Bombeiros: «Tudo ao molho e fé em deus»

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Presidente da Liga dos Bombeiros critica propostas do Ministério da Saúde (MS) para o transporte de doentes

As propostas do Ministério da Saúde (MS) para o transporte de doentes são uma espécie de «tudo ao molho e fé em deus», disse o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), após uma reunião com a tutela.

Salvaguardando que «algumas coisas estão a evoluir no bom sentido», Jaime Soares, presidente da LBP, adiantou, em declarações à agência Lusa, que «a introdução de determinado tipo de viaturas (...) que não garantem a qualidade do transporte» de doentes é uma decisão que a Liga não aceita.

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«Não estaremos muito próximos de acordo quanto à introdução de determinado tipo de viaturas que, para nós, não garantem a qualidade do transporte. São viaturas que basta pôr-lhe um dístico e qualquer uma leva um doente, cinco ou dez. É tudo ao molho e fé em deus», afirmou Jaime Marta Soares, acrescentando que «há doentes que têm de ser tratados com todo o rigor, o que não é a mesma coisa que transportar um utente».

O presidente da LBP interrogou ainda: «Com este tipo de viaturas que querem implementar, quando as pessoas têm de ir de cadeira de rodas, como é que as levam? Quando têm de ir de maca, como é que as levam? Às cavalitas?».

Apesar destes diferendos, Jaime Marta Soares reconhece que há «coisas positivas» e exemplifica com o facto de o MS ter pedido para que os bombeiros apresentem «rapidamente as dívidas das ARS, dos hospitais, do INEM, do IPO [às associações de bombeiros] até 31 de dezembro», o que mostra que «o MS está a entender a gravidade da situação e com certeza dará prioridade máxima ao pagamento das associações e corpos de bombeiros».

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Também «o preço de quilómetro, o oxigénio, as horas de espera e as taxas de saída» foram aspetos que o presidente da Liga considerou estarem «próximos de atingir alguma consensualização» entre a tutela e a entidade que dirige.

Jaime Marta Soares disse ainda que «a LBP não fecha a porta às negociações até se conseguir encontrar os maiores pontos de consensualização possíveis» e admite que seja realizada uma outra reunião com as partes envolvidas nas negociações antes da reunião final com o secretário de Estado da Saúde, agendada para o final do mês, para alcançar «uma aproximação às propostas» da Liga.

Isto, considera o presidente da LBP, demonstra que «a Liga está com total boa fé e com vontade de encontrar soluções».

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