Um dos advogados portugueses dos pais de Madeleine McCann disse que era aguardado o arquivamento decidido hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação ao processo de desaparecimento da criança inglesa no Algarve, escreve a Lusa.
Rogério Alves disse à agência Lusa que «foi a decisão esperada, tendo em conta a manifestação reiterada de inocência por parte do pai e da mãe» da criança, que desapareceu há um ano e dois meses de um apartamento na Praia da Luz, Lagos, onde passava férias com os pais e dois irmãos mais novos.
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«O processo está encerrado», embora possa ser reaberto se surgirem novos elementos, mas «o caso infelizmente não está, porque continua sem se saber o essencial e que é: onde está a criança», acrescentou.
A PGR anunciou hoje o arquivamento do inquérito relativo ao desaparecimento da criança, então com quase quatro anos de idade, «por não se terem obtido provas da prática de qualquer crime por parte dos arguidos».
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Desta forma foi levantada a condição de arguido a Robert Murat, que vive nas imediações do aldeamento turístico de onde desapareceu a criança, e aos pais de Madeleine.
Kate e Gerry McCann confrontam-se agora com «uma dupla sensação»: por um lado, «nada têm a ver com o desaparecimento» da criança, mas por outro continuam «sem nada saber sobre o que lhe aconteceu», salientou o anterior bastonário da Ordem dos Advogados.
Rogério Alves disse que agora é necessária uma «reflexão» para o que vier a ser feito «ser ponderado», não excluindo, mas também não confirmando, se vai pedir a reabertura do processo ou intentar qualquer acção contra o Estado português.
«Vamos consultar o processo. Iniciativas para o futuro dependem do processo», acrescentou.
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