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Maddie com mais de duas mil notícias

Caso ocupou 104 horas nos noticiários das televisões portuguesas

O desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido há seis meses no Algarve, ocupou desde então 104 horas nos noticiários das televisões portuguesas, sendo a SIC a estação que transmitiu maior número de notícias, indica um estudo da Marktest.

Ao todo, entre a data do desaparecimento, 3 de Maio, e terça-feira os quatro canais televisivos portugueses que emitem em sinal aberto transmitiram 2.191 notícias sobre o desaparecimento, ocorrido na Praia da Luz, perto de Lagos.

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Em termos percentuais, o caso ocupou oito por cento dos telejornais da RTP1, RTP2, SIC e TVI.

O top de notícias sobre a criança de quatro anos é ocupado pela SIC, que fez 861 notícias sobre o caso, seguida da TVI (609), RTP1 (592) e RTP2 (129), segundo o trabalho daquela empresa de estudos de audimetria a que a agência Lusa teve hoje acesso.

Em média, as quatro estações, no total, passaram 12 notícias por dia sobre o desaparecimento, ainda por esclarecer e no âmbito do qual os pais de «Maddie» e um cidadão luso-britânico foram constituídos arguidos.

Por duração do total de notícias, é também a SIC que leva a dianteira à concorrência, com 43,5 horas, seguida da RTP1 e da TVI, que lhe dedicaram o mesmo tempo: 28 horas e oito minutos cada uma. A RTP2 apenas quatro horas e nove minutos.

Por meses, Maio - quando a criança desapareceu - foi o mês em que foram exibidas mais notícias nos quatro canais (788) e com maior duração no total (43 horas e dez minutos), seguido de Setembro (531 e quase 24 horas) e Agosto (372 e uma hora e 35 minutos).

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«Maddie 129» publicado hoje

«Maddie 129», apresentado esta sexta-feira em Lisboa, é um trabalho dos jornalistas Hernâni Carvalho e Luís Maia sobre os 129 dias entre o desaparecimento de Madeleine McCann e o regresso dos pais a Inglaterra, pretendendo os autores que seja apenas «um livro de perguntas», escreve a Lusa.

«Se o leitor procura um trabalho onde seja feita uma acusação pública, ou desenvolvida uma cabala contra quem quer seja, este não é o livro que deve comprar», esclarecem Hernâni Carvalho e Luís Maia logo no início da introdução do livro hoje publicado.

Na apresentação do trabalho, que os autores querem que seja «apenas jornalístico, de fácil leitura e sem quaisquer pretensões de carácter literário, académico, policial ou erudito», Hernâni Carvalho disse à agência Lusa tratar-se de «um livro de perguntas, que deixa à tona de água muitas das contradições encontradas entre 3 de Maio e 9 de Setembro».

De entre as contradições e questões em aberto do «caso Maddie», Hernâni Carvalho destaca «o desconhecimento sobre o que realmente se passou na noite do desaparecimento, por que é que foram feitos mais telefonemas para a comunicação social do que para a Polícia», entre outras dúvidas.

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«É na dúvida que assentamos a nossa linha de orientação. Precisamente porque o caso Maddie continua, ainda hoje, um estranho e intricado mistério», explicam os autores sobre o mote para o trabalho, que acrescentam que não será no livro que esse mistério será desvendado.

«O livro serve apenas para expor contradições, que vão sendo esquecidas pelas pessoas com o passar do tempo», disse também Hernâni Carvalho à Lusa.

«Maddie 129» é editado pela Prime Books. Em 206 páginas não é publicada qualquer fotografia de Madeleine Mccann, dos seus pais ou qualquer outra pessoa.

Para além de uma cronologia sobre o caso, é ainda apresentado um questionário no formato uma pergunta por cada dia do desaparecimento da criança inglesa.

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