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«Máfia do Vale Sousa»: apenas quatro arguidos vão falar

Quarenta e quatro pessoas começaram a ser julgadas esta quinta-feira, em Penafiel

Apenas quatro dos 44 arguidos da chamada «máfia do Vale Sousa», que começaram esta quinta-feira a ser julgados no tribunal de Penafiel, manifestaram vontade de depor perante o coletivo de juízes.

Os demais arguidos presentes, incluindo os cinco que se encontram em prisão preventiva e outros cinco que estão em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, disseram ao tribunal que, pelo menos nesta fase inicial do julgamento, se vão remeter ao silêncio.

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Entre os arguidos encontram-se dois agentes da PSP. Um deles disse estar disposto a submeter-se às questões do tribunal.

A primeira sessão de julgamento, que se prolongou por mais de seis horas, esteve rodeada de medidas de segurança, incluindo limitações de acesso do público. O tribunal só permitiu a presença de cinco familiares dos arguidos que se encontram em prisão preventiva.

Os trabalhos ficaram marcados por demoradas questões prévias processuais, incluindo o agendamento das primeiras sete sessões, ficando já definida pelo tribunal a ordem de audição dos arguidos e das primeiras 41 testemunhas de acusação.

As próximas sessões ficaram marcadas para os dias 18, 20, 21 e 22 de junho. Nas duas primeiras vão ser questionados pelos agentes processuais os arguidos que manifestaram vontade de depor neste julgamento.

Várias testemunhas arroladas pelas partes não responderam à notificação do tribunal, mas a defesa de vários arguidos disse ao tribunal não prescindir da respetiva inquirição.

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A presidente do coletivo, Luísa Ferreira, indeferiu, por outro lado, o pedido de alguns arguidos que contestavam a competência territorial do tribunal de Penafiel para a realização do julgamento. A magistrada sustentou que essa matéria já tinha sido julgada improcedente em sede de instrução e que, por isso, o requerimento apresentado era extemporâneo.

Acresce que, disse a juíza, o crime mais grave entre os que constam da acusação foi alegadamente cometido em Penafiel, pelo que, acrescentou, nos termos legais, deve ser o tribunal desta comarca a realizar o julgamento.

Os 44 arguidos, entre os quais duas empresas de segurança, estão acusados pelo Ministério Público de 142 crimes, 20 dos quais de associação criminosa.

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