A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) acusou esta segunda-feira o Governo de recuar na negociação do novo estatuto profissional, ao negar o alargamento da assistência na doença aos cônjuges e a contagem do tempo de serviço nos escalões salariais.
A acusação, pela voz do presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, foi assumida, em declarações à Agência Lusa, após uma reunião da Associação com o gabinete do secretário de Estado da Administração Interna, em Lisboa, no quadro da negociação do novo estatuto profissional da polícia.
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Paulo Rodrigues referiu que esta segunda-feira «houve um volte face» relativamente à reunião de 11 de Março com o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, que na altura mostrou «vontade de negociar, responder positivamente às reivindicações» da ASPP.
Expectativas goradas
«Hoje, a reunião decorreu pessimamente. As nossas expectativas foram goradas. Houve abertura quanto à avaliação mas quanto às outras três questões, das quais não abdicamos, não há», sustentou o dirigente, acrescentando que o Governo invoca custos, entre outros motivos.
A ASPP reclama o alargamento da assistência na doença aos cônjuges e a pré-reforma aos 55 anos ou, em alternativa, aos 36 anos de serviço (e não quando reunidas ambas as condições).
A Associação exige também que «seja contado o tempo de serviço» quando «o pessoal for colocado nas novas posições remuneratórias».
Face aos resultados do encontro, sobre o qual a Lusa não conseguiu obter até ao momento uma reacção do Ministério da Administração Interna, a ASPP decidiu convocar para sexta-feira uma reunião dos seus órgãos sociais para definir «estratégias».
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