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Iniciativas com membros do Governo vão ser alvo de protestos

Garantia foi dada pela coordenadora da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública

A coordenadora da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, disse esta quinta-feira que vão ser realizadas manifestações de protesto onde houver iniciativas públicas com o Governo.

A sindicalista, que falava no decorrer do protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, disse à Lusa que a concentração é uma «iniciativa de gente indignada, de delegados e dirigentes sindicais».

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«Em todo o lado, e enquanto pudermos», vai haver protestos promovidos por sindicalistas afetos à CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional), assegurou.

Enquanto os manifestavam gritavam «gatuno, gatuno, gatuno», Ana Avoila mostrava a sua indignação por o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dar uma entrevista à RTP na residência oficial e não nos estúdios da estação de televisão.

«O primeiro-ministro veio esconder-se aqui, não sei do que tem medo».

A sindicalista defende que, desde que foram anunciadas novas medidas de austeridade pelo líder do Governo e pelo ministro das Finanças, há «uma grande indignação», porque são «medidas que vão deixar toda a gente de tanga».

Se o Governo «tivesse vergonha, demitia-se»

O líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, outros dos presentes no protesto, disse que se o Governo «tivesse vergonha, demitia-se».

«Se houvesse um pouco de decoro e ética, este Governo ia-se embora», considerou.

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Para além de criticar as políticas governativas, que «são más», Mário Nogueira condenou também «a atitude do Governo», dando como exemplo o facto de Passos Coelho ter anunciado que ia «dar mais um salário, mas depois saber-se que o vai tirar».

«Isso ultrapassa tudo, é uma atitude de desrespeito que não é aceitável, muito menos num primeiro-ministro».

Ana Avoila disse à Lusa que foi instalada no local uma televisão para que os manifestantes possam assistir à entrevista de Passos Coelho.

Além das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes, dos apitos e das buzinas, há pessoas a baterem tampas de tachos, provocando um ruído ensurdecedor a escassos metros do local onde o primeiro-ministro está a ser entrevistado.

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