A Avenida dos Aliados, no Porto, esteve esta noite cortada em ambos os sentidos por centenas de manifestantes sentados no chão, num protesto pacífico que contou com a compreensão policial, constatou a Lusa no local.
Pouco tempo depois do corte, a polícia aproximou-se dos manifestantes com um carro, mas as pessoas gritaram «esta luta também é vossa» e o carro afastou-se sem que se tivesse registado qualquer incidente.
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Apesar da forma pacífica do protesto, a Lusa presenciou no local um reforço policial, embora distante dos manifestantes.
O corte da avenida aconteceu momentos depois de alguma desmobilização popular no fim da manifestação contra a troika e o Governo.
Alguns populares mantiveram-se no local e, inicialmente, cortaram apenas o acesso a um dos sentidos da circulação automóvel na Avenida dos Aliados.
Seguiu-se, depois, o corte no outro sentido da avenida por centenas de manifestantes sentados no chão.
As pessoas sentaram-se a meio da avenida, dos dois lados, tornando impossível a circulação automóvel.
Cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização, terão participado na manifestação «Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas», que esta tarde encheu a Avenida dos Aliados, no Porto.
«Eram esperadas 25 mil pessoas. Acredito que esse número duplicou», disse à Lusa João Lima, 47 anos, um dos subscritores do apelo para a manifestação.
No local, fonte policial apontou para a concentração de «mais de 30 mil pessoas».
Pelas 17:00, a Avenida dos Aliados estava repleta de gente desde a Praça General Humberto Delgado, onde fica a Câmara do Porto, até à Praça da Liberdade.
O desfile de protesto desceu a avenida, passou pela Rua de Sá da Bandeira e regressou aos Aliados, onde os últimos manifestantes chegaram já perto das 19:00.
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