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Guia para aprender a adoptar crianças

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Casais procuram, na sua maioria, meninas até aos três anos e saudáveis. Intenção é combater a procura do «bebé ideal»

Vai ser lançado um Manual de Formação para Candidatos a adoptar crianças e jovens. Até ao final de 2008 será criado um guia que contraria a tendência para escolher o «bebé ideal», refere o Jornal de Notícias.

Querer um bebé branco, com poucos meses, saudável e do sexo feminino são factores que tornam a adopção complicada e morosa. Os organismos e serviços que trabalham na área de adopção em Portugal decidiram lançar um manual de formação, tanto para quem quer vir a ser pai adoptivo, como para quem já o é.

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O documento produzido pelo Instituto e Segurança Social sublinha o facto de que para além da Convenção de Haia recomendar que haja formação ao longo de todo o processo de adopção e mesmo depois da entrega da criança à família, os serviços também detectaram «a necessidade de formação no âmbito da adopção nacional».

«Casais querem as crianças que não podem gerar por via natural»

«A esmagadora maioria dos candidatos à adopção são casais com história de infertilidade», muitos dos quais se submeteram a técnicas de fertilização, tendo optado pela adopção ao mesmo tempo ou depois de desistirem dos métodos facultados pela procriação medicamente assistida.

Estes casais pretendem, por isso, «a criança que não puderam gerar pela via natural, ou seja a criança de tenra idade» e a sua motivação principal prende-se com «o desejo legítimo à realização da parentalidade».

O perfil destes candidatos faz com que, dos 2363 inscritos até ao final de Junho, 2305 queiram adoptar crianças até aos três anos. Destes, 1261 aceitam receber até aos seis anos, mas 1044 só deseja que lhe entreguem um bebé até aos 36 meses de idade.

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Também na escolha da cor da pele é verificável a preferência dos pais adoptantes: só 342 dos candidatos aceitam adoptar uma criança que não seja branca. Nas deficiências, os candidatos são ainda mais irredutíveis: só 88 estão dispostos a acolher e cuidar de uma criança menos saudável.

São poucos os casais que têm uma criança mais velha ou com irmãos

Embora 153 dos inscritos não se importem de ficar a cargo com um menor que tenha problemas ligeiros de saúde como, por exemplo, asma, bronquite ou qualquer tipo de alergia.

«Apenas um grupo menor de candidatos» não se importa de ter «uma criança de idade mais avançada, portadora de doença ou de raça diferente da sua» e que tenha irmãos também em situação de adoptabilidade.

O relatório propõem igualmente que «através de acções de informação/formação» a médio prazo talvez seja possível «ajudar os candidatos a descentrar-se da criança bebé que não puderam ter» e a querer, simplesmente, um filho sem indicar requisitos especiais.

Quase 1200 crianças estão já em processo de adoptabilidade. É o que indicam as listas nacionais de adopção no final de Junho.

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