Os professores alargaram o pré-aviso de greve às avaliações até dia 28 de junho, dando mais um sinal de que as negociações com o Governo estão a correr cada vez pior. Em entrevista no «Jornal das 8» da TVI Mário Nogueira explicou as razões.
«Até ao momento o único dia de greve que coincide com os exames é dia 17», frisou, lembrando que os restantes dias encontra-se em período de pré-aviso. De qualquer forma, o secretário-geral da Fenprof explica que a Comissão Arbitral aconselhou o adiamento dos exames de dia 17 para outra data, o que o Ministério da Educação negou.
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Agora, como muitos professores vão fazer greve na próxima segunda-feira «pode haver situações de falta de equidade entre alunos», pois haverá escolas onde não se vão realizar os exames. «Numa greve anterior houve alunos que não conseguiram fazer o exame e o ministério foi processado por pais. Agora já há pais a manifestarem essa intenção», frisou, lançando mais uma acusação: «O Ministério está a utilizar os alunos como reféns».
«Foi uma tremenda irresponsabilidade o ministério e o governo terem avançado com estas matérias no final de maio e inicio de junho. É lamentável que o ministério tenha usado os estudantes como escudos e agora como reféns», vincou Nogueira.
Na sua opinião, porém, «há espaço para o diálogo», por isso tudo pode acontecer nos próximos dias: «Se o ministério disser que tem disponibilidade para discutir, nós vamos sentar-nos à mesa».
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