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«Se o que esta equipa ministerial quer é guerra, é guerra que vai ter»

Fenprof garantiu novas manifestações se a tutela não abdicar da contabilização dos efeitos da avaliação de desempenho no concurso de colocação de docentes

A Fenprof garantiu que o Ministério da Educação vai ter uma «guerra» com os professores, com novas manifestações, se a tutela não abdicar da contabilização dos efeitos da avaliação de desempenho no concurso de colocação de docentes.

«Se o que esta equipa ministerial quer é guerra, é guerra que vai ter. Não chegámos onde chegámos para agora ficarmos com uma decisão de teimosos», afirmou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, à saída de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura.

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O dirigente sindical entregou na tutela um abaixo-assinado com mais de «16 mil assinaturas» contra a consideração da avaliação de desempenho no concurso de colocação de docentes, a decorrer desde segunda-feira passada.

Um docente com «Muito Bom» recebe mais um valor, enquanto uma classificação de «Excelente» corresponde a uma bonificação de dois valores.

De acordo com os sindicatos, nos Açores, por exemplo, os docentes apenas tiveram classificação qualitativa (Bom), pelo que terão de indicar uma classificação aleatória entre 6,5 e 7,9 para concorrerem. Já na Madeira, os docentes foram todos avaliados com 7,2.

Por outro lado, os professores estão a ser obrigados a «prestar declarações falsas» para poderem concorrer, inscrevendo classificações abaixo das obtidas, enquanto outros têm de inventar notas porque só lhes foi atribuída uma menção qualitativa e não quantitativa.

Segundo Mário Nogueira, que falava para cerca de quarenta professores concentrados junto ao Ministério, a Fenprof vai entregar na quarta-feira nos tribunais duas providências cautelares, em Lisboa e Coimbra, e pondera mais duas em Évora e Faro.

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O líder da Fenprof lembrou ainda que a federação realiza um congresso no próximo fim-de-semana, do qual sairão, «de certeza, acções de luta suficientemente fortes para combater esta medida», caso o Governo não resolva esta questão.

«Vamos discutir em congresso uma nova manifestação nacional de professores, que me parece que está a fazer falta a esta gente», garantiu, sublinhando a «teimosia» do Governo.

Dezenas de professores concentrados no Porto, Coimbra, Faro e Évora

Dezenas de professores concentraram-se em frente das direcções regionais de Educação do Norte, Centro, Alentejo e Algarve contra as regras do concurso de colocação, em protestos simultâneos com o que decorreu em Lisboa, junto ao Ministério de Isabel Alçada.

A concentração de professores à porta da direcção regional do Norte, no Porto, juntou trinta pessoas, adiantou fonte do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), afecto à Fenprof, a estrutura que convocou os protestos.

Em Évora, o protesto reuniu duas dezenas de professores junto à Direcção Regional de Educação do Alentejo. «É uma situação extremamente complicada que provoca muitas injustiças», afirmou o presidente do Sindicato de Professores do Zona Sul (SPZS), Joaquim Páscoa.

Algumas dezenas de professores concentraram-se também junto da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), em Coimbra.

No Algarve, a concentração reuniu 30 professores em Faro. Em Lisboa, o número de manifestantes chegou aos 40.

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