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MAC: Médicos questionam ministro em carta aberta

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Ordem quer conhecer os estudos que fundamentam o fecho da maior maternidade do país

A Ordem dos Médicos pediu esta quarta-feira ao ministro da Saúde que divulgue os estudos técnicos que fundamentam a decisão de encerrar a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), estudos que descrevam os custos e os benefícios financeiros desta medida e qual o destino e futura acessibilidade das mulheres e das crianças às equipas, das competências e recursos da maternidade e o que vai acontecer à formação ali ministrada.

O pedido surge numa carta aberta, três meses depois de a Ordem ter enviado uma missiva a Paulo Macedo a pedir esclarecimentos sobre o fecho da maternidade e não ter obtido qualquer resposta, refere em comunicado enviado à Lusa. Devido à falta de esclarecimento, a Ordem dos Médicos decidiu transformar a missiva em carta aberta.

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«A Ordem dos Médicos sente-se na obrigação de reafirmar publicamente que uma medida com o impacto potencial do encerramento da MAC não pode ser tomada sem divulgação e escrutínio público dos eventuais estudos técnicos que lhe dão suporte, caso esses estudos efetivamente existam», sublinha.

Para os médicos, o encerramento da maternidade «não pode basear-se apenas em meras afirmações públicas de alegados 'ganhos' para o Serviço Nacional de Saúde, sem uma análise das consequências para as mulheres e recém-nascidos».

«Quando a própria troika reconhece a necessidade e benefícios económicos da rápida construção do Hospital de Todos os Santos, valerá a pena encerrar precipitadamente a MAC? Que razões terão então levado à decisão do encerramento da MAC, quando parecia lógico que se aguardasse pela construção do novo hospital?», questiona.

Os médicos consideram inadmissível encerrar uma instituição com a «história, a qualidade, a produtividade, os recursos técnicos e humanos e o espaço de formação pré e pós-graduada que a MAC comporta, sem que a decisão seja, do ponto de vista técnico, clínico e humano absolutamente irrepreensível».

No início do mês, o Conselho de Administração do CHLC apontou março «como data muito provável» para a transferência da ginecologia e obstetrícia e cuidados intensivos neonatais para o Hospital D. Estefânia, escreve a Lusa.

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