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Genéricos mais caros devem sofrer reduções

Associação de Medicamentos Genéricos defende que dimunuição do preço em 40 por cento só deve ser aplicada aos medicamentos genéricos mais caros

O presidente da Associação de Medicamentos Genéricos, Paulo Lilaia, defendeu esta quinta-feira que uma redução de 40 por cento no preço dos genéricos, determinada no memorando de entendimento com a «troika», só deve ser aplicada aos medicamentos mais caros.

O memorando de entendimento entre Governo e a «troika» (FMI, Comissão Europeia e BCE) determina que o preço máximo dos genéricos tem de ser até 60 por cento do medicamento original de marca com substância idêntica. Isto significa que a redução do preço passa a ser de 40 por cento, sendo que até agora era de 35 por cento.

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«O que nós achamos e o que está escrito no documento é que os medicamentos genéricos devem entrar com um preço 40 por cento abaixo do originador, situação com a qual estamos de acordo apenas para os medicamentos de preço elevado, ou seja, há logo uma poupança grande inicial», disse à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen).

No que diz respeito aos medicamentos com preços mais baixos, «não deve haver grande diferencial, para que a poupança se continue a cumprir e não haja necessidade de retirar o produto genérico por não haver margem mínima de comercialização», considera Pedro Lilaia.

«O que defendemos é que 80 por cento do custo com medicamentos são com medicamentos não genéricos. Qualquer medida de contenção de custos terá de ser repartida entre os genéricos, que são apenas uma pequena parte do mercado, e todos os medicamentos não genéricos, que representam não só a maior fatia de mercado de medicamentos mas também os que têm preços mais elevados, frisou.

O primeiro-ministro José Sócrates anunciou na terça-feira à noite numa comunicação ao país, que o Governo conseguiu um «bom acordo» com a «troika» internacional com vista à ajuda financeira a Portugal. O empréstimo será de 78 mil milhões de euros durante três anos e inclui a recapitalização da banca, caso seja necessária.

Os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) vão apresentar ainda esta manhã as principais linhas do memorado de entendimento entre a troika e o Governo.

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