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Há 250 mil portugueses dependentes de ansiolíticos

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Conclusão é de um estudo da associação de defesa do consumidor DECO

Cerca de 250 mil portugueses terão sinais de dependência de ansiolíticos ou de medicamentos para dormir e quatro em cada 10 já tomaram algum destes remédios pelo menos uma vez na vida. A conclusão é de um inquérito divulgado esta sexta-feira pela Deco.

A associação de defesa do consumidor realizou um inquérito a mais de 12.500 pessoas, tendo uma amostra representativa da população adulta portuguesa, escreve a Lusa.

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Os resultados foram publicados na edição de fevereiro/março da revista Teste Saúde e indicam que haverá cerca de 250 mil portugueses com sinais de dependência.

Foram analisados os utilizadores de ansiolíticos e hipnóticos, sabendo-se já que, neste grupo, os fármacos mais usados são as benzodiazepinas, que provocam dependência.

Cerca de um quarto dos utilizadores destes remédios revelou sinais de «uso problemático», com a sensação que o efeito dos comprimidos está a diminuir ou que está a causar maios danos que benefícios.

Um quinto dos inquiridos que toma estes fármacos admitiu grande preocupação e nervosismo quando não tem os comprimidos à mão ou não os toma nas horas habituais.

Quando deixam de tomar os medicamentos, as queixas apresentadas por cerca de 40% dos doentes são problemas de sono e aumento da ansiedade.

Outra das conclusões deste inquérito da Deco é que os ansiolíticos e indutores de sono fizeram parte da vida de um quarto dos portugueses.

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São as mulheres, pessoas com mais de 65 anos, com dificuldades económicos, grupos com baixo nível de educação e desempregados que mais consomem estes medicamentos.

A maioria dos inquiridos recorre a estes fármacos para enfrentar problemas de sono (41%), no local de trabalho (41%) e acontecimentos traumáticos (29%).

Em metade dos casos é o médico de família o responsável pela prescrição do medicamento, seguindo-se um psiquiatra. Mas há 6% dos inquiridos que admitem tomá-los por conta própria.

Os medicamentos ansiolíticos e hipnóticos, analisados no estudo, apresentam geralmente efeitos de privação e dependência que normalmente não são atribuídos aos antidepressivos.

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